Rede estadual de ensino

Após transferência de docentes, alunos ficam prejudicados em escola

Centro de Educação de Jovens e Adultos ficou desassistido e professores que sobraram estão sobrecarregados; falta de segurança é outra reclamação

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Com transferência de professores do Ceja, sem aviso prévio, docentes que restaram estão sobrecarregados
Com transferência de professores do Ceja, sem aviso prévio, docentes que restaram estão sobrecarregados (CEJA)

O Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), localizado no bairro Camboa, em São Luís, está com carência de professores. Alguns docentes foram removidos da unidade e transferidos para outras, deixando a escola desassistida. A situação está prejudicando os alunos e outros professores, que ficaram sobrecarregados na unidade.

O centro, que é de responsabilidade do Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), atende hoje cerca de mil estudantes da Região Metropolitana de São Luís, além de outros vindos do interior do estado em busca da certificação do ensino médio. Ela funciona nos três turnos.

Transferência
O funcionamento da unidade de ensino ficou comprometido por causa da recente transferência de professores e outros funcionários do Ceja para outras instituições. Os docentes alegam que a mudança aconteceu na última semana de forma repentina, sem que ninguém fosse comunicado.

Foram transferidos 25 profissionais, entre professores (a maioria), técnicos administrativos e operacionais. Atualmente, o Ceja conta com 32 professores, que lecionam as mais diversas disciplinas para os estudantes.
“A verdade é que fomos pegos de surpresa na semana passada. Passaram por cima do nosso regimento interno”, disse o professor Edson Amaral. Como consequência, ele afirmou que algumas disciplinas, como Sociologia, Filosofia, Artes e História, ficaram sem professores e os docentes que ainda estão na unidade de ensino ficaram sobrecarregados com a medida.

O problema está causando a insatisfação nos professores. “Dobraram a nossa carga horária alegando que aqui havia professores excedentes. O funcionamento da escola está comprometido agora”, complementou a professora Magda Pinheiro.

Outra situação denunciada diz respeito à falta de segurança na unidade. Eles alegam que não há vigilantes no período noturno e os alunos e professores ficam expostos à criminalidade. Já houve casos, segundo os docentes, de assaltos no interior do centro.

O Ceja funciona na Camboa desde o ano de 2008. Antes, naquele prédio, funcionava a Unidade Escolar Alfredo de Assis, inaugurada em julho de 1988 no governo de Epitácio Cafeteira. Na época, quem estava à frente da Secretaria de Educação era João Pereira Martins Neto.

Com relação ao Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou que está em curso o processo de Mapeamento e Reordenamento Funcional, regulamentado pela Portaria nº 430, de 07 de março de 2017. O processo objetiva a organização do quadro de docentes e melhor atendimento aos mais de 360 mil estudantes da Rede, sem quaisquer prejuízos ao funcionalismo. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA) ressaltou que o policiamento no bairro Camboa e adjacências é feito constantemente com viaturas (carros e motocicletas) por meio do Comando de Policiamento de Área Metropolitana (CPAM I).

NÚMEROS

32 é a quantidade de professores atualmente no Ceja
25 foi a quantidade de profissionais transferidos, entre professores, técnicos administrativos e operacionais

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