Agora são três

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37

Incluindo o próprio governador Flávio Dino (PCdoB), que é candidato natural à sua sucessão, agora já são três os nomes postos oficialmente como pré-candidatos a governador do Maranhão em 2018.
Após diversas idas e vindas, recuos e acenos em direção ao próprio Flávio Dino e ao grupo Sarney, o senador Roberto Rocha finalmente admitiu, sexta-feira, em entrevista a uma emissora de rádio de Balsas, que será mesmo candidato a governador. Antes dele, a ex-deputada Maura Jorge já havia declarado a irreversibilidade de seu projeto de candidatura.
Também seria possível incluir a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) nesta lista, a julgar pela sua declaração durante o lançamento da pré-candidatura do ministro Sarney Filho (PV) ao Senado. Na ocasião, Roseana afirmou que só será “candidata a governadora. Ou a nada”. Mas ela própria prefere não afirmar-se candidata.
De acordo com a última pesquisa Escutec, divulgada por O Estado, Roseana Sarney aparece na frente e é a única capaz de bater Flávio Dino. Roberto Rocha só cresce na ausência da ex-governadora, mesmo assim com apenas metade das intenções de votos do comunista.
Outro com bom desempenho na pesquisa é o deputado Eduardo Braide (PMN), que também ainda não se decidiu.
Neste momento pré-eleitoral, portanto, a disputa pelo Governo do Maranhão se resume a três nomes. Pelo menos por enquanto.

Guerra aberta
A confirmação da candidatura do senador Roberto Rocha abriu um flanco de guerra entre ele e aliados do governador Flávio Dino.
Rocha declarou que o Maranhão tem hoje “não um governador, mas apenas um despachante de luxo”.
A resposta de Dino veio por meio do vice-presidente da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB), para quem a eleição de Rocha “não ajudou em nada o Maranhão”.

Outro rumo
O ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, tenta ouvir garantias do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), de que o partido não somará com Flávio Dino em 2018.
Madeira quer a liberação da legenda para fechar com o senador Roberto Rocha, com quem assumiu a dobradinha eleitoral.
Mas a cúpula nacional, mesmo que não fique com Dino, prefere outro projeto ao de Rocha, num namoro aberto com o PMDB.

Ultraesquerda
Pretenso herdeiro da esquerda no Brasil, pós-derrocada ética e ideológica do PT, o PSOL quer se fortalecer nas eleições do Maranhão.
Para isso, quer se afastar da imagem de ultra-esquerda, criada pela relação e ideais próximos ao de legendas radicais, como PSTU e PCB.
Ao contrário das legendas próximas, o PSOL sonha em eleger representantes para a Assembleia Legislativa e para a Câmara Federal.

Influência
Alguns deputados estaduais analisam que a presença da ex-governadora Roseana Sarney na disputa de 2018 pode ter influência significativa no pleito.
Sendo ou não candidata, avaliam, a peemedebista tem potencial para eleger nomes ao Senado e uma forte bancada à Câmara e à Assembleia.
Líder na pesquisa Escutec para o governo, Roseana mantém o suspense sobre a decisão de disputar ou não as eleições de 2018.

Mais uma vez
A visita de deputados estaduais e federais à duplicação da BR-135, ontem, foi a enésima desde que as obras começaram, há sete anos.
E nenhuma delas deu resultado prático, diante da letargia do Dnit em torno da obra, projetada para estar pronta desde 2014.
Arrastada pelas empresas contratadas, a duplicação da rodovia tem causado transtornos e, o que é pior, mortes na entrada de São Luís.

Construção
O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) acabou dando uma lição no governador Flávio Dino, durante a posse da nova diretoria da Fiema, sexta-feira.
Em seu discurso, Edivaldo anunciou um novo pacote de benefícios para o setor da construção civil, o que visa impulsionar o mercado.
Presente ao evento, Dino engoliu seco, já que, há dois meses, tentou impor aumento de até 80% nos custos da construção civil no estado.

E MAIS

• O presidente da Assembleia Legislativa está em casa, recuperando-se de uma nova cirurgia, intercorrente de seu tratamento de câncer.

• A denúncia contra o presidente Michel Temer torna obrigatória uma posição do PSDB, sobretudo após arquivamento dos processos contra Aécio Neves.

• As manifestações de vários deputados em apoio à CPI da Saúde parecem não ter sensibilizado o autor da proposta, Wellington do Curso.

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