Palestra

O que pode esperar o empresário após a crise?

Consultor empresarial com especialização em negociações de dívidas, Moacir Sidou acredita que momento de crise é essencial para definir os rumos das empresas e gestão, fundamental para a sobrevivência dos negócios

MOACIR SIDOU - Especial para O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Moacir Sidou fará palestra sobre a metodologia “Sistema de Impacto na Gestão”, criada e testada na crise passada
Moacir Sidou fará palestra sobre a metodologia “Sistema de Impacto na Gestão”, criada e testada na crise passada (moacir sidou h)

Primeiro, é importante fazer um levantamento histórico das crises econômicas brasileiras. Elas geralmente são decorrentes de fatores externos, o que difere da atual, que tem condimento e sabor genuinamente brasileiro ao ritmo do samba. Isso é uma grande vantagem, pois não dependemos de outros países para pôr fim a ela. Só depende exclusivamente da nossa capacidade de organizar a casa, salvo se não fosse pela barreira dos fatores políticos, na qual sobressai os interesses próprios e não da nação.

Ainda de longe essa não é a crise mais longa e nem a mais severa pela qual passamos. Falta pouca coisa para que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a crescer. Retornando ao histórico das crises, percebemos que todas as vezes que o PIB caiu, além dos problemas políticos causados, em seguida vivenciamos um crescimento vertiginoso dele, proporcionando um salto na economia. Isso nos lembra a frase de Albert Einstein: “Sem ordem, nada se constrói e sem o caos nada evolui”. Então, logo podemos esperar um crescimento do PIB acima de 4 % A.A.

Se os políticos em Brasília fizerem o dever de casa, aprovando as reformas em curso, a economia voltará a crescer. Como disse anteriormente, tudo isso depende muito de nós brasileiros. Torcemos para que eles cumpram com seu compromisso com a nação, abrindo mão de preferências partidárias e ideológicas.
Mas até lá, o que fazer? Para ajudar a responder a pergunta, vamos rever a história e saber o que os empresários fizeram no início dos anos 1990.

Após o presidente Collor tomar posse e confiscar a poupança e aplicações de todos os brasileiros através de um plano malconcebido, aconteceu o que de pior poderia ocorrer em uma economia: a estagflação. A economia estagnou e a inflação continuou correndo solta chegando à casa dos 2.477,14 % no ano de 1993.

Hiperinflação associada à recessão é um cenário de caos. Milhares de empresas fecharam suas portas, milhões de trabalhadores perderam seus empregos, grandes empresas encerraram suas atividades, como, por exemplo, Mappin, Lojas Brasileiras, Mesbla, Casas Pernambucanas, entre outras. Aquelas que não fecharam durante a crise fecharam logo após.

Em contrapartida, naquela mesma época, empresas que nasceram durante a crise e outras logo após se tornaram potências nos dias de hoje, como, por exemplo, Óticas Diniz, Farmácias Pague Menos, Cursos Wizard, Fisk, Ortobom, Cacau Show, Boticário e muitas outras.

O que fizeram de errado as empresas que fecharam e o que fizeram de certo as empresas que hoje são potências? Quais as diferenças? Qual a metodologia que foi empregada em cada caso?

Com certeza, tem a ver com a forma através da qual os seus dirigentes geriram suas empresas. Aspectos importantes foram decisivos, entre eles: percepção e conhecimento do cenário, visão estratégica do mercado, rapidez e assertividade nas tomadas de decisões, equipe treinada, comprometida e motivada, controles rigorosos, marketing eficiente com ideias inovadoras, vendas agressivas, garra, foco, determinação e conhecimento amplo da real situação da empresa.

Como tudo na vida passa e essa crise também irá passar, o gestor precisa se adaptar ao momento atual . Depois dessa crise, nenhuma empresa continuará tendo a mesma gestão: ou muda ou fecha.

Serviço

O quê: Palestra sobre o método SIG

Quando: 1º e 2 de julho, no Rio Poty Hotel

Inscrições www.moacirsidou.com.br/saoluis, ou Taguatur Turismo, nos telefones 2109 6400/ 99903 3448 / 98126 5859

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