Efeito da crise

Confiança do empresário industrial cai em junho, revela CNI

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de junho ficou em 51,9 pontos, queda de 1,8 pontos; valor abaixo de 50 pontos indica falta de confiança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h37
Queda indica que o país ainda enfrenta dificuldades para superar a crise
Queda indica que o país ainda enfrenta dificuldades para superar a crise (industria ma h)

SÃO PAULO - A confiança do empresário industrial caiu em junho, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de junho ficou em 51,9 pontos, o que representa um recuo de 1,8 ponto na comparação com maio, após quatro meses de relativa estabilidade. Na avaliação da entidade, essa queda indica que o país ainda enfrenta dificuldades para superar a crise.

A CNI destaca que, como o índice permanece acima da linha de 50 pontos, o ICEI ainda revela que os empresários estão confiantes, mas essa confiança se reduziu entre maio e junho. Pela metodologia da pesquisa, valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança.

Na comparação com junho de 2016, o ICEI apresenta crescimento de 6,2 pontos. Mesmo assim, ainda está abaixo da média histórica de 54 pontos, "em nível aquém do necessário para estimular o investimento industrial", destaca a CNI. "Com a queda de junho, a confiança fica ainda mais distante do nível necessário para a recuperação da economia", afirma o economista da CNI, Marcelo Azevedo.

Segundo a pesquisa, essa queda da confiança do empresário industrial deve-se exclusivamente a mudanças nas expectativas dos empresários para os próximos seis meses. O indicador de expectativas caiu de 57,4 pontos em maio para 54,9 pontos em junho. O indicador que revela a percepção dos industriais sobre a situação atual das empresas e da economia ficou estável, em 46 pontos.

Na análise do índice por segmento, a pesquisa revela que a confiança é maior nas grandes empresas, com o ICEI alcançando 54,1 pontos. Nas pequenas empresas, o indicador ficou em 48,4 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.

A pesquisa da CNI foi feita entre 1º e 12 de junho, com 2.958 empresas.

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