Orçamento

Reitor defende cortes no orçamento da Uema; professores protestam

Gustavo Costa diz que remanejamento de R$ 8,8 milhões é legal; professores protestam

Gilberto Léda

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
(O reitor da Universidade Estadual do Maranhão, Gustavo Pereira da Costa, não cumpriu decisão judicial)

SÃO LUÍS - O reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Gustavo Costa, defendeu ontem, por meio de comentário em rede social, o remanejamento de R$ 8,8 milhões do orçamento da instituição para outras áreas do Estado.

Segundo revelou O Estado com exclusividade, por meio de três atos publicados na semana passada o governador Flávio Dino (PCdoB) cancelou dotação de R$ 2 milhões e mandou para a na Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema); outra de R$ 1 milhão e enviou ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA); e, ainda, uma de R$ 5,4 milhões, acrescida ao orçamento da Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Maranhão (PGJ-MA).

Outros R$ 400 mil que deveriam ser aplicados formação de profissionais de nível superior foram redirecionados ao São João, no início do mês.

Ao comentar o assunto, Gustavo Costa limitou-se a destacar a legalidade dos atos – mesmo que isso não tenha sido questionado.

“Esclareço que a prática de remanejamento orçamentário (não financeiro) tem previsão legal e é praticada por todos os governos”, escreveu.

Também por meio de rede social, o secretário de Estado da Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry (PCdoB), manifestou-se sobre o caso. E também não explicou por que o governo escolheu justamente a Uema para remanejar orçamento.

“Não haverá diminuição de recursos para a Uema em comparação com o exercício anterior nem em relação a qualquer outro ano”, disse.

Estas ações do governo Flavio Dino tornam mais grave a situação dos professores da UEMA que acreditam que o governo não tem interesse pela instituição. Ao fazer esta supressão de recurso da UEMA, fortalece e demonstra esta convicção”trecho de Comissão de Professores da Uema

Protesto

Por meio de nota, a comissão de professores da Uema que negocia reajuste salarial com o Governo do Estado protestou contra os cortes orçamentários.

Para eles, a medida “um total desrespeito para com o ensino superior e em especial para com os aposentados, que são os maiores prejudicados pelo acordo firmado e não cumprido pelo governo”.

“Estas ações do governo Flavio Dino tornam mais grave a situação dos professores da UEMA que acreditam que o governo não tem interesse pela instituição. Ao fazer esta supressão de recurso da UEMA, fortalece e demonstra esta convicção. O atual governo, ao assumir em 2015, elegeu a UEMA como prioridade do seu governo, mas as atitudes de não cumprir acordo, não conversar com os professores e retirar recursos do orçamento mostram que é um governo canhoto e não de esquerda”, diz o comunicado.

Os docentes também reclamam de problemas infraestruturais na universidade. “A infraestrutura da Universidade Estadual não gozou de melhorias no governo de Flávio. E, ao declinar de acordos firmados, os aposentados completam, neste mês de junho, cinco anos do último reajuste”, ressaltam.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.