Manifestação

Comissão critica corte de cerca de R$ 9 milhões da Uema

Comissão de negociação salarial emitiu nota dizendo que governador Flávio Dino não tem compromisso com a universidade

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Flávio Dino é acusado de não cumprir acordo com professores da Uema
Flávio Dino é acusado de não cumprir acordo com professores da Uema (Flávio Dino)

A comissão de negociação salarial da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) enviou nota à imprensa criticando o governo estadual pelo corte de quase R$ 9 milhões no orçamento da instituição. Para a comissão, Flávio Dino trabalha para desmontar a universidades.

Os membros dessa comissão, formado por professores e aposentados da Uema, reclamam ainda que o governador Flávio Dino não cumpriu acordo firmado em 2015 de reajustar o vencimentos dos funcionários aposentados da universidade.

Segundo a nota, ficou acertado com o secretário da Casa Civil, Marcelo Tavares, e com o procurador geral do Estado, Rodrigo Maia, que em março deste ano, seria incorporada uma gratificação técnica aos vencimentos de professores ativos e aposentados, mas não ocorreu.

A comissão diz ainda que Flávio Dino não tem interesse pela instituição apesar de que na promessa d campanha, o comunista dizia que a Uema seria prioridade em sua gestão.

“Estas ações do governo Flavio Dino tornam mais grave a situação dos professores da Uema que acreditam que o governo não tem interesse pela instituição. Ao fazer esta supressão de recurso da Uema, fortalece e demonstra esta convicção. O atual governo, ao assumir em 2015, elegeu a Uema como prioridade do seu governo, mas as atitudes de não cumprir acordo, não conversar com os professores e retirar recursos do orçamento mostram que é um governo canhoto e não de esquerda”, diz trecho da nota.

Confira a nota na íntegra:

EM DEFESA DA UEMA

O governador Flávio Dino suprimiu 8,8 milhões do orçamento da UEMA somete no mês de junho no momento em que os professores solicitam o cumprimento de acordo firmado verbalmente entre o governador e a associação de professores da UEMA. A associação dos professores considera um total desrespeito para com o ensino superior e em especial para com os aposentados, que são os maiores prejudicados pelo acordo firmado e não cumprido pelo governo.

Estas ações do governo Flavio Dino tornam mais grave a situação dos professores da UEMA que acreditam que o governo não tem interesse pela instituição. Ao fazer esta supressão de recurso da UEMA, fortalece e demonstra esta convicção. O atual governo, ao assumir em 2015, elegeu a UEMA como prioridade do seu governo, mas as atitudes de não cumprir acordo, não conversar com os professores e retirar recursos do orçamento mostram que é um governo canhoto e não de esquerda.

Em relação à UEMA, as práticas do atual governo são recorrentes aos demais governos. A infraestrutura da Universidade Estadual não gozou de melhorias no governo de Flávio. E, ao declinar de acordos firmados, os aposentados completam neste mês de junho, 5 anos do último reajuste. Estas atitudes do Governo fazem com que professores, servidores, alunos e aposentados desacreditarem nele. Os aposentados estão há 9 meses aguardando o cumprimento de um acordo de pagamento da URV, ação transitada em julgado, que o secretário Marcelo Tavares e o procurador Rodrigo Maia, prometeram pagar ainda em 2016 aos aposentados e pensionistas. Por outro lado somos surpreendidos com a notícia da ação predatória do governo retirando recursos do agora agonizante orçamento da UEMA, sem cumprir mais um acordo firmado em primeiro de março com o secretário Marcelo Tavares da casa civil, que foi a incorporação de uma gratificação técnica aos vencimentos dos professores ativos e aposentados.

Não é por outra razão que os diversos seguimentos da Universidade afirmam que a solução a curto prazo para os problemas orçamentários são simples: A implantação da verdadeira autonomia financeira sob a forma de repasses mensais dos recursos orçamentários (duodécimo). Tal precedente encontra amparo nas constituições federal e estadual, a exemplo do que o Estado faz com relação ao Ministério Público.

Descumprido por todos os governos anteriores, esperávamos que o governo da mudança, viesse a respeitar as disposições legais sobre a matéria.

A Comissão de Negociação Salarial da UEMA

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