Essa semana o deputado Wellington do Curso (PP) iniciará o recolhimento de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desvio de dinheiro público na Saúde do Maranhão. O parlamentar espera que os 28 deputados que assinaram, em 2015, outra CPI da Saúde na Assembleia Legislativa voltem a assinar para abertura dessa nota.
Até a semana passada, a proposta de abertura de uma CPI estava com a assessoria jurídica de Wellington para verificação legal da proposta. Esta semana, ele deve buscar as assinaturas para protocolar o pedido na Mesa Diretora da Casa.
O deputado precisa, no mínimo, de 14 assinaturas. A oposição afirma que assinará o requerimento do deputado do PP.
Mas a aposta de Wellington do Curso é a de que os 28 deputados, que assinaram a abertura de uma CPI também da Saúde em 2015, voltem a assinar o pedido de agora. A comissão criada em 2015 chegou a ser instalada, mas não prosseguiu depois que o presidente da CPI, Levi Pontes (PCdoB), respondia ação por desvio de verba pública na área da Saúde no interior do estado.
A determinação do Governo do estado é que a CPI não seja instalada na Assembleia Legislativa. Assim, o líder do governo na Casa, deputado Rogério Cafeteira (PSB), já iniciou conversa com os deputados governistas.
Discurso
A necessidade de investigar o desvio de verba na Saúde foi alertado pelo deputado Edilázio Júnior (PV). Em discurso na Assembleia, o parlamentar disse que os saques feitos pelo Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (Idac), na boca do caixa, como apontou a Polícia Federal (PF) em investigação, tinha destino direcionado.
“O saque em dinheiro com certeza é para entregar para alguém. Ninguém vai sacar dinheiro para pagar conta. Se você tem conta para pagar, você faz o TED, leva o boleto no banco, efetua o pagamento e evita até o risco de assalto. O recurso era para ser entregue para alguém. Não tenho dúvida”, disse.
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