Sem acordo

Justiça do Trabalho decidirá impasse entre rodoviários e empresários

Não houve acordo entre patrões e empregados, mas a possibilidade de paralisação do sistema de transporte, marcada para esta terça, foi descartada

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Ônibus vão circular normalmente hoje, ao contrário do anunciado pelo Sindicato dos Rodoviários
Ônibus vão circular normalmente hoje, ao contrário do anunciado pelo Sindicato dos Rodoviários (ônibus sem greve)

A paralisação do setor de transporte coletivo de transporte coletivo, marcada para esta terça-feira, 13, já não vai mais acontecer. Contudo, rodoviários e empresários ainda não chegaram a um acordo e, por essa razão, será a Justiça do Trabalho quem determinará o percentual de reajuste a ser concedido para os trabalhadores.

Ainda ontem, o Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou uma ação de Dissídio Coletivo que será julgada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 16ª Região. O autor da ação é o procurador Maurício Pessôa Lima e a relatora do processo será a desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, que analisará a situação e dará o seu parecer sobre o caso.

Vamos aguardar agora, o que a Justiça irá decidir. Por enquanto, queremos tranquilizar a população de São Luís, que os ônibus irão rodar normalmente nesta terça-feira”Isaías Castelo Branco, presidente do Sindicato dos Rodoviários
Sem acordo – Na manhã de ontem houve uma reunião entre os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado do Maranhão (STTREMA) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET). O encontro foi mediado pela desembargadora Márcia Andrea Farias e contou a presença de representantes da Prefeitura de São Luís, mas não houve acordo. Ninguém do Governo do Estado compareceu ao encontro.

Mesmo assim, a paralisação dos ônibus que estava prevista para a 0h desta terça-feira não vai mais ocorrer e toda a frota de coletivos deve circular normalmente. Semanas anteriores, o sindicato dos rodoviários ameaçou uma greve, mas voltou atrás em sua decisão algumas vezes.

Caso houvesse a paralisação, Justiça do Trabalho havia determinado que 60% da frota de ônibus deveria circular em São Luís. Em caso de descumprimento, o STTREMA pagaria multa de R$ 1 mil por hora. Também ficaram proibidas medidas de protesto alternativo como "operação catraca livre", "operação tartaruga e "operação piquete”. Para os trabalhadores que não comparecessem ao serviço haveria falta e com descontos salariais.

Motoristas, cobradores e fiscais de ônibus de São Luís pedem um aumento de 13% nos salários, do aumento no valor do tíquete alimentação de R$ 490,00 para R$ 650,00. Contudo, os empresários enviaram, como contraproposta, reajuste salarial de 2%, deixando inalterado o valor do tíquete.

Saiba Mais

Dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (Sindicatos, Federações ou Confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucionar questões que não puderam ser solucionadas pela negociação direta entre trabalhadores e empregadores. Os dissídios também podem ser ajuizados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Os dissídios são ajuizados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e é da competência de um dos desembargadores despachar, instruir e conciliar processos, designar e presidir as audiências, extinguir processos sem julgamento do mérito ou delegar a outro juiz vitalício tais atos.

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