Aécio Neves

Dallagnol defende prisão de Aécio Neves

Senador é acusado de estar frequentando o Senado e mantendo o gabinete em atividade mesmo suspenso pelo STF

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Aécio está suspenso do Senado, mas continua em atiidade
Aécio está suspenso do Senado, mas continua em atiidade (Aécio Neves)

BRASÍLIA - Coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador da República Deltan Dallagnol defendeu, nesta segunda-feira (12), a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) por possível descumprimento judicial, ao não se afastar do mandato, conforme determinou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

"O afastamento objetiva proteger a sociedade. Desobedecido, a solução é prender Aécio, conforme pediu o PGR [Rodrigo] Janot", escreveu Dallagnol, em sua conta no Twitter.

Nesta segunda-feira (12), o jornal Folha de S.Paulo realizou um levantamento mostrando que o nome do tucano continua aparecendo no painel de votação e também consta na lista dos senadores em exercício, e seu gabinete segue em funcionamento.

Horas depois, o Senado, por meio de sua assessoria de imprensa, se justificou, alegando que a decisão do ministro Fachin não explica a forma de cumprimento da medida. “Nem a Constituição Federal nem o Regimento da Casa preveem a figura do ‘afastamento do mandato de senador’ por decisão judicial”, diz a nota.

Em entrevista ao Jornal do Brasil, o cientista político Aldo Fornazieri afirmou que só resta ao Supremo, diante do descumprimento, determinar a prisão de Aécio Neves.

Recentemente, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu, por mais de uma vez em pedido ao STF, a prisão do senador do PSDB.

Diante do possível descumprimento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de se afastar do cargo parlamentar, passados mais de 20 dias da determinação do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), o cientista político Aldo Fornazieri disse, em entrevista ao Jornal do Brasil nesta segunda-feira (12), que só resta ao Supremo determinar a prisão do tucano. Para o professor, porém, a medida pode não ocorrer, já que a Suprema Corte se recusa a reconhecer uma crise institucional.

“Se o STF tivesse dignidade, mandaria prender Aécio Neves, o Supremo pode fazer isso. Mas ele [Supremo] está, como se diz há bastante tempo, acovardado”, afirmou Fornazieri, doutor pela USP e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

No último dia 17, o ministro Edson Fachin determinou o afastamento de Aécio do cargo de senador, após vir à tona a gravação em que o tucano fala de ações para atrapalhar as investigações da Lava Jato e pede propina à JBS. Mas um levantamento da Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (12) mostra que o nome do senador continua aparecendo no painel de votação e também consta na lista dos senadores em exercício, e seu gabinete segue em funcionamento.

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