Comissão de Ética

Andrea Murad recorre de decisão da Comissão de Ética favorável a Levi Pontes

Andrea Murad quer levar parecer da Comissão de Ética para apreciação do plenário

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Comissão de Ética da Assembleia disse que não há provas contra Levi Pontes
Comissão de Ética da Assembleia disse que não há provas contra Levi Pontes (Deputado Levi Pontes)

A deputada estadual Andrea Murad (PMDB) protocolou requerimento na mesa diretora da Assembleia Legislativa para que o parecer da Comissão de Ética da Casa seja apreciado pelo plenário. A parlamentar contesta decisão da comissão que arquivou representação de Murad contra o deputado do PCdoB, Levi Pontes.

Semana passada, os membros da comissão de Ética decidiram arquivar representação por quebra de decoro parlamentar contra Levi Pontes. O relator da comissão, deputado Rogério Cafeteira (PSB), que também é líder do governo de Flávio Dino (PCdoB) na Casa, disse não haver provas robustas que comprovasse que Pontes tenha quebrado o decoro.

A acusação de quebra de decoro foi feito por Andrea Murad devido a um áudio que mostra conversa de Levi Pontes negociando pescado comprado com o dinheiro público. Pontes pedia que os peixes fossem repassados para outros municípios que faziam parte de sua base eleitoral.

Caberá a mesa diretora aprovar ou não o requerimento da peemedebista. Se aprovar, o plenário irá decidir se aprova ou não o parecer da Comissão de Ética.

Mesmo recorrendo da decisão, Andrea Murad disse a O Estado que com a maioria governista na Casa, o mais provável é que o parecer seja mantido.

“Estamos diante de fortes indícios de corrupção, improbidade administrativa, desvio de recursos públicos e abuso de poder político com fins eleitorais e para a Assembleia do Maranhão isso é muito normal”, afirmou Murad.

Parecer - Na decisão da Comissão de Ética, que é presidida pela deputada do PCdoB, Francisca Primo, o relatório do líder de Flávio Dino na Assembleia cita que os deputados não poderiam levar em consideração a denúncia contra o parlamentar porque estava sendo pautado em uma gravação clandestina.

Na gravação, Levi Pontes foi flagrado negociando para suas bases eleitorais peixes, que seriam distribuídos pela Prefeitura de Chapadinha para a população da cidade no período da Semana Santa.

“Por favor, veja a sua, dos vereadores todos nossos que tão insatisfeitos… da necessidade de uma cota pra mim bem antes que na hora que o peixe chegar em Chapadinha, para os nossos municípios tipo Santa Quitéria, São Benedito. Aí tu vê, São Benedito foi porque me pediu e eu fiquei de mandar deixar no meu carro…Ele [prefeito de Chapadinha] tem compromisso de me eleger. Não é só votar em Chapadinha”, diz Levi em um dos trechos da gravação.

Mesmo afirmando que a gravação – que o próprio deputado admitiu ser a sua voz falando – não deve ser considerada por ser clandestina, ainda resta como prova do ato as próprias declarações de Levi Pontes após divulgação dos áudios.
Tanto na tribuna quanto em nota oficial e ainda em entrevista a emissoras de televisão, o comunista confirmou que todos os anos distribuía pescado, mas que este era comprado com dinheiro particular e não público.

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