Tragédia

Tenente coronel da PM atira em esposa e depois comete suicídio

Caso aconteceu na cidade de Barreirinhas em que o tenente coronel Miguel Neto matou a tiros a sua companheira Clodiany Carvalho e depois se matou. Além disso, a mulher era constantemente agredida pelo marido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Casal vivia uma relação conturbada
Casal vivia uma relação conturbada (Tenente e esposa)

SÃO LUÍS- O tenente coronel da Polícia Militar (PM Miguel Gomes Neto, ex-comandante do 15º Batalhão de Polícia Militar (15º BPM), sediado na cidade de Bacabal, matou a tiros a esposa, Clodiany Carvalho Garcia, e depois recorreu ao suicídio. O caso aconteceu na manhã de ontem na cidade de Barreirinhas (distante aproximadamente 250 km de São Luís).

Há relatos de que os dois tinham discussões frequentes e que Clodiany Carvalho constantemente sofria agressões físicas por parte do marido. O crime aconteceu após uma nova discussão do casal.

De acordo com o delegado Cristiano Morita, os policiais foram à residência onde os dois estavam, no centro de Barreirinhas, para atender a uma ocorrência de violência doméstica. Chegando à região, os policiais se depararam com o tenente-coronel Miguel Neto e a sua esposa.

Quando os policiais já estavam conduzindo o casal para a delegacia, o tenente-coronel Miguel Neto pegou a sua arma de fogo e desferiu alguns tiros contra Clodiany Carvalho. Logo em seguida, desferiu um tiro na cabeça e morreu no local. Os policiais que estavam no local não conseguiram evitar a ocorrência. A Polícia Civil investiga o caso.

Clodiany Carvalho era agente penitenciária e trabalhava no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís. A maioria dos tiros atingiu a cabeça da vítima, que chegou a ser socorrida por um helicóptero do Centro Tático Aéreo (CTA) e trazida para São Luís, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a tarde. Pelo seu corpo havia diversas marcas de agressões e hematomas, sinal de que a vítima era constantemente agredida pelo companheiro.

Problemas

O tenente-coronel Miguel Neto já havia estado em situações delicadas dentro da corporação onde atua. Em janeiro do ano passado, ele foi removido do comando do 15º BPM de Bacabal após sacar um revólver e apontar para o rosto de outro policial.

O caso foi registrado no dia 8 de janeiro de 2016. Na época, o então comandante geral da PM, comandante Marco Antônio Alves, afastou Miguel Neto do comando do 15º Batalhão da PM após ele ter agredido e ameaçado com uma pistola o cabo Ney Fernandes Bandeira e o advogado dele, que estava filmando uma conversa entre os dois policiais.

Um dia depois, o tenente-coronel Miguel Neto foi escoltado por uma equipe de policiais militares até o quartel do comando Geral da Polícia Militar, em São Luís, onde foi ouvido pela cúpula da instituição. Dias depois, ele foi nomeado chefe do estado maior da Polícia Militar, órgão de informação, estudo, concepção e planejamento para apoio à decisão de um comandante militar. l

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