Entrevista - Ivaldeci Mendonça

“Rebanho maranhense ganhará em qualidade e produtividade”

Pequenos e médios criadores do Maranhão contarão com as ações do Pró-Genética, programa criado pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e que propicia o melhoramento genético dos animais

Ribamar Cunha/Subeditor de Economia

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
(Entrevista)

Os pequenos e médios criadores maranhenses poderão melhorar geneticamente seus rebanhos a partir das ações do Pró-Genética, programa que foi lançado na quinta-feira passada, em São Luís, pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ) e Associação dos Criadores do Maranhão (Ascem). O programa vai facilitar a aquisição de animais melhoradores, o que vai refletir em maior qualidade e produtividade do rebanho. Em entrevista a O Estado, o presidente da Ascem, Ivaldeci Mendonça, fala da importância do Pró-Genética e também sobre Expoema e campanha de vacinação contra a febre aftosa.

Na quinta-feira, foi lançado o Pró-Genética no Maranhão, um programa que tem contribuído para o melhoramento genético dos rebanhos no país. Qual a importância desse programa para a pecuária do estado?
Esse é um programa que visa democratizar a genética. Isto é, ele propicia que a genética que está hoje dentro das grandes fazendas entrem nas porteiras das fazendas dos pequenos e médios criadores. Com isso, a médio e longo prazo, o rebanho do pequeno produtor ganha em qualidade e produtividade com o melhoramento genético.

Como vai se dar a implantação do Pró-Genética no estado, tendo em vista que vários atores, entre os quais a Associação dos Criadores, são partícipes do acordo de cooperação?
Já foi definido com todas as entidades envolvidas, Ascem, ABCZ e órgãos integrantes do Governo do Estado, um plano de ação para efetiva implantação do Pró-Genética, com as atribuições de cada um. Isso será iniciado após nós realizarmos a Expoema.

O que são as feiras do Pró-Genética e como elas serão levadas para as regiões produtoras?
As feiras do Pró-Genética são oportunidades nas quais será possível a venda dos touros para os pequenos e médios criadores. Será feito primeiramente a identificação da demanda, onde há interesse em vender e comprar, e isso depende de cada região do estado. A partir dessa identificação, essas feiras serão realizadas em conjunto, podendo ser com os Dias de Campo dos criadores, com exposições agropecuárias em outros estados ou somente a feira do Pró-Genética.

Como o senhor avalia a qualidade do rebanho bovino maranhense, que se destaca por ser o segundo maior do Nordeste?
A qualidade do rebanho bovino do Maranhão é muito boa. Isso graças à dedicação, empenho e trabalho dos criadores do estado do Maranhão. E em quantidade, nós somos hoje o segundo maior rebanho do Nordeste. Só perdemos para o estado da Bahia, mas em qualidade nós estamos nivelados igualmente.

O acordo do Pró-Genética foi no Palácio dos Leões, com a participação do governador Flávio Dino. Esse ato pode-se dizer que simboliza uma reaproximação da Associação dos Criadores com o Governo do Estado após o desgaste da não realização da Expoema ano passado?
Com certeza. Hoje, o pensamento da atual diretoria da Ascem é que nós tenhamos um relacionamento institucional com qualquer esfera de governo, quer seja federal, estadual ou municipal. Então, é uma reaproximação a favor dos criadores do estado. É uma reaproximação madura, para que essa união seja revestida em favor do estado, do melhoramento do rebanho maranhense e da satisfação dos criadores.

O senhor, quando assumiu a Associação, sem o Parque Independência, anunciou a realização da Expoema no interior do estado e não em São Luís, como era tradicional. Foi a falta de espaço que o levou a tomar essa decisão ou também pesaram outros fatores?
Não, não foi a falta do espaço do Parque Independência. Hoje, a Ascem tem convicção plena de que as exposições agropecuárias têm que ser realizadas em cidades polos do interior, legitimamente produtoras de gado. Então, é em razão da interiorização que esse é hoje o pensamento da Ascem.

Como estão os preparativos para a Expoema 2017? Há novidades para esta edição?
Estamos trabalhando arduamente para a realização da Expoema 2017. A novidade é que nós pretendemos realizar uma exposição com uma roupagem nova, ou seja, voltada para os interesses dos criadores e levando difusão de conhecimento.

A campanha de vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada até o dia 15 deste mês. Que mensagem o senhor deixa para os criadores que ainda não imunizaram seus animais?
O índice vacinal da campanha da febre aftosa se deve muito à dedicação dos criadores, que vacinaram maciçamente o rebanho, tanto que o índice vacinal na campanha do ano passado foi de 98,9%. Isso mostra a conscientização dos criadores. E obviamente, quem ainda não vacinou, irá vacinar dentro do prazo, para que a gente mantenha esse índice.

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