Tradição

Festa do Divino atrai e encanta na cidade histórica de Alcântara

Em 12 dias de festa, tanto os alcantarenses quanto os turistas tiveram opções de diversão e lazer; após o encerramento, o Museu de Artes Modernas do Rio de Janeiro recebeu uma exposição de fotos do festejo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Caixeiras do Divino Espírito Santo levam a tradição à Alcântara
Caixeiras do Divino Espírito Santo levam a tradição à Alcântara (caixeiras)

ALCÂNTARA - Encerrada no dia 5 deste mês, a festa do Divino Espírito Santo, em Alcântara, atraiu grande número de turistas à cidade histórica. Criada no início do século XIV em Portugal, a Festa do Divino Espírito Santo foi trazida pelos colonizadores para o Brasil no século XVI, em especial para a cidade de Alcântara, no Maranhão. Realizada no Dia de Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, a Festa do Divino é uma homenagem religiosa à terceira pessoa da Saníssima Trindade: o Espírito Santo.

Durante a Festa do Divino, a cidade histórica foi tomada por visitantes de todo o Brasil. De todas as regiões do país havia turistas em Alcântara durante o festejo religioso. O clima de festividade incluiu missas, hasteamento de mastros, ladainhas, alvoradas das caixeiras e cortejos que percorrem ruas, ladeiras, becos e as casas de moradores da cidade. Um dos pontos altos da festa aconteceu no salão nobre do Palácio Imperial de Alcântara, local onde fica localizado um altar para apresentações dos membros da corte.

Munidos de fé e devoção, os moradores da cidade ganham ainda mais força ao se juntarem com turistas, que transformam o festejo em romaria religiosa. Não importa se faz sol ou chuva, ali estão os alcantarenses unidos na realização do festejo.

As regras são cumpridas passo a passo, tudo de acordo como manda a tradição. O festejo começou no dia 24 de maio e encerrou-se dia 5 deste mês, deixando um legado positivo como o melhor festejo de todos os tempos. Durante os 12 dias de festa, tanto os alcantarenses quanto os turistas tiveram opções de diversão e lazer.

Rica em belezas naturais e arquitetônicas, a cidade de Alcântara conta com vários pontos turísticos, além de praias paradisíacas. A turista gaúcha Ana Paula Menezes, estudante de Antropologia, aproveitou o festejo para fazer turismo e uma pesquisa. “Como futura antropóloga, aproveitei o festejo e matei dois coelhos com uma cajadada só [risos].
Alcântara é uma cidade para ser estudada em vários pontos. O próprio festejo precisava ser estudado e transformado em livros. Estou saindo daqui muito rica de material histórico, mas me diverti bastante também” – destacou a universitária.

Durante os fins de semana, a Praça da Matriz ficou pequena para tanta gente que lotou o espaço público durante shows. No período festivo, as pousadas e hotéis da cidade superlotaram. Até as ruas e praças serviram como acampamento para quem chegou de última hora. Os empresários, mototaxistas, taxistas e donos de vans, barcos e catamarãs faturaram alto durante os 12 dias de festa, sem contar os barraqueiros e donos de clubes de reggae.

Para a imperatrizense Maria Felícia Carvalho, que veio a Alcântara pela primeira vez, o festejo superou suas expectativas. “Nunca tinha vindo aqui. Na verdade, fui induzida por amigas que já vieram outras vezes, mas até elas ficaram surpresas com tanta gente este ano no festejo. Confesso que pretendo voltar outras vezes e já tem data marcada, ano que vem”, destacou.

Exposição
O festejo grandioso ultrapassou fronteiras, e logo após o encerramento o Museu de Artes Modernas do Rio de Janeiro recebeu uma exposição de fotos do evento, realizada pelo fotógrafo Márcio RM, que pretende transformar toda a história em livro.

Para o prefeito Anderson Wilker de Abreu Araujo, o apoio do Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Alcântara, serviu para revitalizar o festejo. “Estamos trabalhando para resgatar e revitalizar as tradições culturais e religiosas de Alcântara. Temos o apoio do governo do estado e essa parceria tem trazido bons resultados em todos os setores de nossa gestão”, comentou.

Jovens, crianças e adultos se entregam de corpo e alma durante o festejo. A cidade parou para receber turistas e romeiros, um povo hospitaleiro e uma cidade pacata fazem de Alcântara um local desejado e amado por aqueles que a visitam. O mundo precisa conhecer as belezas e o povo alcantarense.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.