Policial preso

PM é preso sob suspeita de assaltar bancos no estado

Operação desenvolvida na madrugada de ontem em Bela Vista, reunindo policiais civis e militares, resultou na prisão do soldado Mailton Pereira Pacheco e de mais dois bandidos

Leandro Santos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Heverton Soares, o PM Mailton Pereira e Marcos José, presos por assalto a bancos
Heverton Soares, o PM Mailton Pereira e Marcos José, presos por assalto a bancos

Mais um policial foi preso suspeito de práticas criminosas, ações essas que ele deveria combater. O soldado Mailton Pereira Pacheco, que entrou na Policia Militar em 2014 e estava lotado na cidade de Imperatriz, foi preso na cidade de Bela Vista, acompanhado de outras duas pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha de assaltantes de bancos. Com eles, foram apreendidas armas e grande quantidade de munição.

Armas encontradas com Heverton, Mailton e Marcos José
Armas encontradas com Heverton, Mailton e Marcos José

A prisão deles foi feita durante operação do 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM), em parceria com a Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional da cidade de Santa Inês. Os outros dois detidos foram identificados como Heverton Soares de Oliveira e Marcos José de Sousa. A polícia suspeita que o grupo estava se preparando para assaltar uma agência bancária nos próximos dias.

Prisão
A polícia já estava monitorando os criminosos. Na madrugada de ontem, por volta de 0h30, eles foram abordados quando circulavam em uma caminhonete no município de Bela Vista. De imediato, foi reconhecida a participação do soldado PM Mailton Pereira na organização criminosa.

Foi dada voz de prisão para o grupo, que foi levado para o destacamento de Polícia Militar de Bela Vista. Logo em seguida, o trio foi apresentado na Delegacia Regional de Santa Inês, para dar continuidade ao procedimento policial.

Dentro do veículo, os policiais encontraram quatro fuzis; duas pistolas 9 milímetros; uma submetralhadora israelense; uma pistola calibre 380; um revólver calibre 38 e munições de vários calibres.

Investigações
De acordo com o delegado Thiago Bardal, responsável pela Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), a quadrilha estava se preparando para investir contra agências bancárias nos próximos dias, mas a ação foi interceptada.

“Com certeza, o armamento seria utilizado para assaltar bancos. O caso foi encaminhado para o Departamento de Combate à Roubo de Bancos da Seic para investigar os outros integrantes da quadrilha, onde eles já atuaram e onde planejavam atuar”, disse o delegado em entrevista à Rádio Mirante AM.

De acordo com o tenente-coronel Oliveira, comandante do 7º Batalhão de Polícia Militar (7º BPM) lotado na cidade de Pindaré-Mirim, o soldado PM Mailton Pereira tentou reagir à voz de prisão, mas foi dominado e levado para a delegacia.

“Ele tentou argumentar ser policial, mas mesmo assim foi contido e conduzido para a delegacia”, disse o comandante. Ele afirmou também que a polícia vai continuar trabalhando para localizar os outros envolvidos na quadrilha, pois, pelo tipo de armamento que foi apreendido, toda atenção deve ser voltada para o monitoramento do bando.

Já o delegado Ederson Martins, da Delegacia Regional da cidade de Santa Inês, avaliou positivamente a operação desenvolvida ontem em conjunto com a PM. “Com certeza essa foi uma das maiores apreensões dos últimos tempos”, destacou.

Mais envolvimento
Casos de policiais envolvidos em atos criminosos estão se tornando comuns no Maranhão. Na semana passada, o tenente Josuel Alves de Aguiar e o soldado Tiago Viana Gonçalves, foram presos e apontados como envolvidos no desaparecimento do cabo Júlio César da Luz Pereira e do soldado Carlos Alberto Constantino, ocorrido no dia 17 de novembro do ano passado na cidade de Buriticupu. O soldado Glaydstone de Sousa Alves, também envolvido no caso, se apresentou no Comando Geral da PM e ficou detido, uma vez que já havia um mandado de prisão expedido contra ele.

A prisão dos policiais foi o resultado do inquérito instaurado pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção a Pessoas (SHPP), que transcorreu em segredo de Justiça. No primeiro momento, o desaparecimento dos militares começou a ser investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Buriticupu, mas, por determinação da cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), passou para o comando da SHPP, coordenado pela delegada Nilmar da Gama.

Durante a fase inicial da investigação, foram ouvidas mais de 40 pessoas, entre testemunhas e suspeitos. O inquérito policial, com três volumes, já foi remetido para a Justiça Militar. Os suspeitos vão responder pelos crimes de homicídio doloso, ocultação de cadáver e associação criminosa.

O cabo César e o soldado Alberto foram vistos pela última vez no dia 17 de novembro do ano passado, na cidade de Buriticupu. Desde então, não houve mais qualquer notícia sobre eles. De acordo com testemunhas, os dois policiais foram vistos naquele dia, em uma L 200 Triton de cor preta, que era do soldado Alberto, indo em direção ao município de Arame. No dia do desaparecimento, Carlos Alberto se apresentou às 8h na 14ª Companhia Independente da Polícia Militar, mas saiu mais cedo. Já o cabo Júlio César da Luz Pereira, era lotado no município de Estreito, mas estava de licença médica e, por isso, morava em Buriticupu.

frase

Frase

“Com certeza o armamento seria utilizado para assaltar bancos. O caso foi encaminhado para o Departamento de Combate à Roubo de Bancos da Seic para investigar os outros integrantes da quadrilha, onde eles já atuaram e onde planejavam atuar”

Delegado Ederson Martins, da regional de Santa Inês

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.