Meio ambiente

Sarney Filho inaugura expansão do Cetas e doa madeira apreendida

Ministro Meio Ambiente e a presidente do Ibama, Suely Araújo, inauguraram as novas instalações do Centro de Triagem de Animais Silvestres; Sarney Filho assinou documentos para doação de madeira apreendida

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e a presidente do Ibama, Suely Araújo, entregaram as novas instalações do Cetas
O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e a presidente do Ibama, Suely Araújo, entregaram as novas instalações do Cetas (O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, e a presidente do Ibama, Suely Araújo, entregaram as novas instalações do Cetas)

SÃO LUÍS - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, inaugurou na sexta-feira, 2, junto com a presidente do Ibama, Suely Araújo, as novas instalações do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em São Luís, que foi reformado em parceria com a Vale. Ele também assinou documentos de doação de madeira apreendida pelo Ibama nos últimos dois anos no Maranhão, que serão destinadas a entidades sem fins lucrativos, órgãos de governos, como o Exército e Polícia Federal, prefeituras e Igreja.

“O aproveitamento dessa madeira, mais de 1.200 metros cúbicos em benefício da população, é um dos bons exemplos de como estamos desenvolvendo o nosso trabalho voltado para as questões socioambientais”, destacou o ministro.

As doações, de acordo com Sarney Filho, são dirigidas a prefeituras e entidades de classe, para serem utilizadas em reparos e melhorias estruturais em obras públicas, como recuperação de pontes, de telhados de escolas e de postos de saúde.

Entre os contemplados com a madeira, estão as prefeituras de Alto Alegre, Bequimão, Bela Vista, Bom Lugar, Campestre, Caxias, Carutapera, Lago da Pedra, Pindaré Mirim, Primeira Cruz, Santo Amaro e Trizidela do Vale. E ainda Carolina, Pio XII e Rosário, que receberam doações sumárias.

Parte do material também está sendo destinado a entidades, como a Paróquia Santa Paulina, da Arquidiocese de São Luís; o 24º Batalhão de Infantaria do Exército, a Polícia Federal, o Instituto de Desenvolvimento e Inclusão Social, a Associação de Pequenos Produtores Rurais de Rosário e o Instituto Beneficente Boas Novas do bairro Primavera.

Falando em nome dos prefeitos que receberão as doações, o prefeito Fred Maia, de Trizidela do Vale, elogiou a iniciativa do ministro e disse que o material será utilizado na reconstrução de pontes destruídas em estradas vicinais do município. “A situação hoje é difícil para muitas comunidades, que são obrigadas a fazer longos desvios para chegarem até a sede do município”, afirmou.

O superintendente do Ibama em São Luís, Pedro Leão, explicou que a reforma e expansão do Ceras permitiram o aumento da capacidade instalada, oferecendo melhor atendimento aos animais silvestres recolhidos pelo órgão. “Nos últimos 15 anos, mais de 10 mil animais silvestres passaram por aqui”, informou. Ele disse que a unidade é encarregada de acolher animais apreendidos, realizar identificação taxonômica, reabilitar e reintroduzir animais na natureza vítimas do tráfico ou perda de seu habitat.

O desembargador Jorge Rachid, responsável pela área de Meio Ambiente do Ministério Público do Maranhão, elogiou a reforma do Cetas e a iniciativa de doar a madeira ilegal apreendida pelo Ibama.

Tráfico de animais

A presidente do Ibama, Suely Araújo falou sobre a importância do trabalho dos 23 Cetas espalhados pelos estados. “Nos últimos 15 anos, estas unidades do Ibama receberam 483 mil animais, sendo a maioria resgatada dos tráfico de animais silvestres, que visa principalmente as aves”, afirmou. Os animais também chegam ao Cetas levados pela população, e em geral estão feridos e debilitados. No local, eles passam por reabilitação e depois a maioria é devolvida ao seu habitat.

Ainda sobre o trabalho do Cetas, Sarney Filho ressaltou a importância do trabalho para preservar a biodiversidade. “Os estudos genéticos e sobre a situação dos animais que são acolhidos são fundamentais para o conhecimento da situação da biodiversidade e o que podemos fazer em cada situação ”, disse o ministro.

“Os animais silvestres são como um termômetro da natureza. Onde ainda encontramos onças, por exemplos, verificamos que toda a cadeia alimentar ainda está em harmonia, porque a espécie está no topo dessa cadeia. Homens e animais precisam estar em harmonia, assim cuidaremos do meio ambiente como um todo”, defendeu o ministro.

Ministro critica saída dos EUA do Acordo de Paris

Em solenidade realizada na tarde de sexta-feira,2, durante palestra sobre sustentabilidade na sede da Procuradoria Geral de Justiça, em São Luís, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, criticou a saída do governo norte-americano do Acordo de Paris. Para o ministro, trata-se de um retrocesso que deve ser repudiado pelo governo brasileiro.

Segundo Sarney Filho, o Brasil deverá manter o compromisso firmado em esfera mundial. “Enquanto for ministro, posso garantir que o país seguirá com os compromissos firmes e manterá a promessa de seguir fielmente ao que foi proposto pelo acordo”, disse. O ministro admitiu ainda que a ausência do governo dos Estados Unidos do compromisso global pode comprometer o futuro das próximas gerações.

O ministro – durante a palestra para promotores de Justiça do estado, membros da esfera do Poder Executivo Estadual e representantes da sociedade civil – ainda fez referência à importância de adoção de práticas benéficas ao meio ambiente na administração pública. Ele citou a A3P (Agência Ambiental na Administração Pública) criada durante a sua primeira passagem na pasta federal do meio ambiente, em 1999, como um compromisso oficial firmado por instituições públicas de utilização de medidas sustentáveis. “Atualmente, existem 320 adesões em todo o país e a tendência e expandir este apoio”, afirmou.

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