BRASÍLIA - O desemprego segue alto no Brasil. No trimestre de fevereiro a abril deste ano, atingiu 13,6% da população, um contingente de 14 milhões de pessoas. Os dados foram divulgados pesquisa Pnad Contínua, do IBGE, na última quarta-feira (31).
“O momento é delicado, as famílias precisam manter produtos e serviços básicos em seus lares. Por isso, a principal orientação é eliminar gastos supérfluos e buscar fontes de renda, mesmo que provisórias. Com educação financeira é possível atravessar o período com sustentabilidade”, orienta o presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos.
Veja 10 orientações para organizar as finanças no desemprego:
1. Faça bicos
É preciso explorar os conhecimentos que tem para ganhar uma renda extra. Quem tem habilidade para cozinhar, tirar fotografias ou fazer trabalhos manuais pode oferecer seus produtos ou serviços.
É válido procurar trabalhos temporários em shoppings e comércios em geral, além da possibilidade de ser motorista de aplicativos de transporte. Um serviço que está em alta é o de levar cachorros da vizinhança para passear em dias e horários combinados.
Se preferir seguir em sua área de atuação, pode passar a oferecer serviços como consultoria, aulas e freelances, por exemplo. Assim, além da renda extra, há também uma retomada de conhecimentos e aperfeiçoamento profissional.
2. Persista na recolocação profissional
Use sua rede de contatos e manifeste que está buscando oportunidades no mercado. Faça um bom currículo e acompanhe o período de contratação das empresas. Atualize-se de notícias sobre o seu setor para estar preparado para entrevistas de emprego. Lembre-se, as oportunidades geralmente aparecem para quem está atrás delas. Esqueça o desânimo, levante a cabeça e olhe para o futuro.
3. Venda itens
Faça um diagnóstico dos itens que possui em casa e que pouco ou nunca utiliza e veja quais pode vender. Eletrodomésticos (como multiprocessadores e batedeiras), aparelhos eletrônicos (como DVD’s e videogames), móveis e até mesmo roupas, sapatos e brinquedos podem virar renda extra.
Desapegar de itens antigos também pode ajudar. Aparelhos para ouvir discos de vinil e os próprios vinis, por exemplo, podem ser vendidos por um bom valor, além de outros itens já considerados relíquias e que são valiosos para colecionadores.
4. Alugue objetos
Alugar itens por temporada é válido quando há algo parado em casa, mas a pessoa/família não quer se desfazer. Prancha de surf, bicicleta, patins, videogame, câmera fotográfica, roupa para formaturas ou bailes... Há diversas plataformas online que conectam pessoas interessadas em alugar.
O aluguel de vagas na garagem e até mesmo de quartos em casa, além de imóveis e automóveis por período combinado, é algo que pode gerar uma boa renda extra sem que seja necessário fazer qualquer investimento;
5. Troque ao invés de comprar
Se precisar de algo novo, não pense primeiramente em comprar. Além de reformar o que já tem, você pode trocar. É possível economizar bastante em grupos de trocas em redes sociais, manifestando o desejo de trocar um item em boas condições que não é mais utilizado por aquilo que deseja no momento;
6. Cuidado com ferramentas de crédito
Cartões de crédito, cheque especial, cartão de lojas e outras ferramentas de crédito fácil devem ser, na medida do possível, eliminadas de sua vida; evite mesmo em caso de emergência, pois, caso não consiga pagar esses valores, os juros serão exorbitantes, criando um caminho de difícil volta.
7. Conheça a sua realidade
Fazer um diagnóstico de sua situação financeira é imprescindível, pois, na maioria dos casos, cerca de 30% dos gastos no lar são desnecessários. Conheça todos os gastos mensais, minuciosamente, desde cafezinho até parcela da casa própria, nada deve passar despercebido. Tendo dívidas e parcelamentos, os some também.
8. Faça uma faxina financeira
O que realmente é prioridade em sua vida? Pense muito bem nessa questão, pois muitos gastos que não agregam à vida. Repense em itens como TV a cabo, celulares e smartphones, balada e ida a restaurantes, água, energia e outros pequenos gastos que podem ser reduzidos. Priorize o que é realmente é fundamental nesse período.
9. Negocie as dívidas
Busque os credores e seja o mais franco possível, mostre que não quer se tornar inadimplente, mas que também não possui condições de pagamento, buscando assim diminuir os juros e esticar os débitos. Lembrando sempre de priorizar dívidas com juros mais altos e com bens de valor como garantia.
10. Fuja dos exploradores
Infelizmente, por mais que seu momento seja de desespero, existem pessoas mal-intencionadas prontas para se aproveitarem dos seus temores. Não permita abusos; muitos tentarão tirar proveito de sua fraqueza para tentar obter vantagens. Evite promessas e garantias descabidas. É melhor estar com o nome sujo do que ser explorado pelas pessoas.
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