Atrapalho

SET diz que empresas têm prejuízo de R$ 700 mil por mês com táxis-lotação

Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros afirma que perda aumenta quando esses veículos expandem sua área de atuação; após licitação do sistema de transporte, problema se mantém

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Táxi-lotação atua, sem fiscalização, no centro de  São Luís
Táxi-lotação atua, sem fiscalização, no centro de São Luís (táxis-lotação)

SÃO LUÍS - A atuação dos táxis-lotação em ruas e avenidas de São Luís rende um prejuízo mensal para o Sistema de Transporte Coletivo da capital maranhense de aproximadamente R$ 700 mil. Essa perda aumenta gradativamente a partir do momento em que os “carrinhos”, como popularmente são chamados esses veículos, se expandem para outras áreas de atuação.

Anteriormente, eles agiam apenas na área Itaqui-Bacanga, mas com o passar do tempo e falta de fiscalização, se expandiram para outros locais da Região Metropolitana de São Luís e hoje eles já estão fazendo o transporte irregular de passageiros em plenitude na área do Centro, na Cidade Operária e no Maiobão.

Prejuízo
Após a licitação do Sistema de Transporte Coletivo e a definição das empresas de ônibus que poderiam atuar na cidade, foi informado que os táxis-lotação não seriam mais utilizados. Mas isso não aconteceu e a atuação deles continua causando prejuízos para o sistema de transporte.

De acordo com as estimativas da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o prejuízo para o sistema de transporte é de R$ 500 mil mensais, mas para os empresários que atuam no setor esse montante pode chegar a R$ 700 mil.

De acordo com o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET), Gilson Neto, esse é o montante que deixa de ser arrecadado quando os passageiros optam por pegar um taxi-lotação ao invés de um ônibus. Aliada a essa situação, também há o custo da operação do sistema, despesa essa que não é coberta quando a renda que deveria entrar é destinada para os carrinhos.

Por essa razão, o empresário chamou atenção para a necessidade de se continuar com as fiscalizações para coibir o avanço dos táxis-lotação para outras áreas e retirá-los dos espaços onde eles já estão em atuação. “A fiscalização tem que ser incessante para que o sistema possa se recuperar”, disse Gilson Neto.

Ele também citou o perigo que as pessoas correm ao utilizar os carrinhos. “O transporte clandestino não dá segurança nenhuma para os passageiros”, frisou o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte.

A Prefeitura de São Luís foi procurada por O Estado para saber como está sendo feita a fiscalização para coibir a atividade dos carrinhos na capital maranhense, mas até o fechamento desta página nenhuma resposta foi obtida.

Atuação
Enquanto a Prefeitura de São Luís empenha-se em monitorar a aprender os motoristas que utilizam o serviço do Uber para o transporte de passageiros, os táxis-lotação continuam agindo livremente na cidade. Ontem, O Estado observou diversos motoristas fazendo o transporte na Praça Deodoro, região central da cidade.

No dia 29 de março, dezenas de motoristas de táxis-lotação, que fazem o transporte de passageiros para o Itaqui-Bacanga, se reuniram, na porta da Câmara Municipal de São Luís, em um protesto. Segundo a Cooperativa de Táxi e Transporte da Área Itaqui-Bacanga (Coopetaib), que estava organizando o ato, os manifestantes queriam a aprovação de uma lei que lhes concedesse o direito de atuar dentro da legalidade.

O protesto foi motivado porque dias atrás 14 veículos foram apreendidos e um motorista preso em uma operação da SMTT, com apoio da Polícia Militar, no centro de São Luís. Balas de borracha e gás lacrimogêneo foram utilizados durante a ação.

NÚMEROS

R$ 2,00 é o preço cobrado pelos táxis-lotação em grande parte dos percursos no Maiobão, Cidade Operária e área Itaqui-Bacanga.
R$ 700 mil é o prejuízo mensal com do sistema coletivo com a atuação dos clandestinos

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