Mais escola sucateada

Teto de escola desaba e expõe estado crítico da rede municipal

Na segunda-feira, parte do forro da unidade de ensino desabou, causando a suspensão das atividades da escola; pais de alunos e professores haviam reclamado das péssimas condições da escola, que fica na Cidade Operária

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Forro do teto de sala de aula de escola caiu, na Cidade Operária
Forro do teto de sala de aula de escola caiu, na Cidade Operária (teto)

SÃO LUÍS - O desabamento de parte de parte do forro do teto da Unidade de Educação Básica (UEB) Governador Jackson Lago, localizada na Cidade Operária, mais uma vez expõe a fragilidade em que se encontram as unidades de ensino de São Luís. Incidente envolvendo as escolas estão se tornando cada vez mais frequentes, diante da ineficiência da gestão municipal em resolver os problemas de infraestrutura apresentados.

Não é a primeira vez que O Estado noticia a situação da UEB Governador Jackson Lago. Na edição do dia 18, foi mostrada a insatisfação dos pais de alunos e professores com relação à unidade de ensino, que está em péssimas condições de infraestrutura.

Desabamento
Já na tarde de segunda-feira, dia 29, parte do forro do teto da unidade escolar desabou, comprometendo quatro salas de aula. O desabamento aconteceu durante as fortes chuvas que atingiram a cidade nesse dia.

Após a queda do forro, a água da chuva invadiu as salas de aula, inviabilizando as atividades nesses espaços. Ninguém ficou ferido por causa do acidente, mas as aulas na escola foram suspensas ontem e hoje não há certeza se a escola voltará com as suas atividades normais.

Enquanto isso, os alunos da unidade de ensino são os mais prejudicados, uma vez que ficam impossibilitados de ter aula, causando atraso no calendário escolar. De acordo com o relato de um dos professores, que preferiu não ter a identidade revelada, a UEB Governador Jackson Lago nunca passou por uma reforma desde quando foi criada, no início da gestão do ex-prefeito João Castelo, sendo penalizada diariamente com a falta de infraestrutura.

Depredação
Os problemas da escola começam logo na sua entrada. A principal via de acesso, a Rua 17 da Unidade 101 da Cidade Operária, não tem asfalto, e uma cratera se formou exatamente em frente à entrada principal do prédio.

O tráfego de veículos é intenso pelo local e, sem ter outras opções, os motoristas têm de trafegar pela calçada da escola para fugir dos buracos da via, o que aumenta a possibilidade de serem registrados acidentes. Como o período chuvoso ainda está em vigência na cidade, uma grande quantidade de lama se espalha por toda a região, comprometendo ainda mais a travessia das pessoas.

Dentro da escola, os problemas são os mais diversos, como falta de iluminação, material escolar e professores. Rachaduras nas paredes e goteiras no teto completam o cenário caótico da escola. Ainda na unidade, falta até mesmo a merenda escolar para os estudantes.

A situação da escola já é de conhecimento do Ministério Público. Pais dos alunos se reuniram e encaminharam um ofício semanas atrás para a Promotoria da Educação solicitando soluções para os problemas da unidade de ensino. O Conselho Tutelar da Cidade Operária já visitou a escola e cobrou do município providências para os problemas

Por meio de nota, a Prefeitura de São Luís informou que já está programada a execução de serviços de requalificação na unidade, e que estão inclusas melhorias no telhado, nas instalações elétricas e hidrossanitárias.l

SAIBA MAIS

Antes do desabamento do forro da UEB Governador Jackson Lago, na UEB Enedir Santos Paixão, no bairro do Santa Bárbara, o teto desabou, assim como o teto da Escola Darcy Ribeiro que veio abaixo no mês de março. Já na Escola Rosa Mochel, no Coroado, uma parede veio abaixo, trazendo junto o forro.

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