Setor da indústria é responsável por 19% do PIB no Maranhão
Segmento econômico envolve 9.300 empresas em todo o estado e emprega mais de 93.713 trabalhadores, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego; padarias e gráficas também são consideradas indústrias
Hoje, Dia da Indústria, apesar da crise, há motivo para se comemorar. Afinal, móveis, madeira, derivados de leite, gás, bebidas, combustíveis, gêneros alimentícios, produtos cerâmicos, têxteis, siderúrgicos, minerais, químicos e serviços industriais são alguns itens produzidos por esse importante segmento econômico maranhense, que envolve 9.300 empresas (Siga/CNI) e emprega mais de 93.713 trabalhadores, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa produção representa mais de R$ 12,28 bilhões no PIB industrial e uma participação no PIB do Maranhão de 19%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“É senso comum achar que o Maranhão e, principalmente, São Luís não possuem produção industrial. É verdade que em alguns setores somos importadores em potencial. Entretanto, possuímos, ao longo dos últimos 10 anos, uma diversificação da nossa indústria, e precisamos mostrar para a sociedade que temos nos supermercados produtos fabricados no Maranhão e até exportados para outros países”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, Edilson Baldez das Neves.
Os principais setores da indústria no Maranhão são o de construção (46,3%), serviços industriais de utilidade pública (15,2%) e metalurgia (9,6%), segundo dados do perfil dos estados elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI 2015).
Edilson Baldez também ressaltou que muitas pessoas desconhecem, mas a padaria em que se compra o pão todo dia é uma indústria, a gráfica que imprime papéis ou os jornais também. “Nosso papel, na Fiema, é também sensibilizar e aproximar a indústria da comunidade. Já fazemos isso de diversas formas, inclusive com a responsabilidade social na Ação Global e a fomentação de novos negócios na Expo Indústria e no Maranhão for Bussiness focado no mercado internacional”, enfatizou Baldez.
Exportação
A exportação do setor industrial em 2015 gerou mais de US$ 2,125 bilhões, sendo os principais produtos exportados alumínio (23%), minério de ferro (23%), ferro fundido (29%), soja (15%), alumina (6%) e manganês, produtos esses repassados ao exterior principalmente pela Vale, Alcoa, Billiton Metais, Viena Siderúrgica e Cargill Agrícola S/A.
Entretanto, é importado um valor bem maior de US$ 4,1 bilhões, sendo óleo diesel (71%), querosene de aviação (11%), adubos e fertilizantes (6%), produtos das indústrias químicas (3%), locomotivas e suas partes (2%) os produtos que chegam ao estado, principalmente para abastecer grandes empresas instaladas no Maranhão, como a Petrobras, Vale e Alumar.
O Maranhão já realizou exportações para mais de 30 países. Ano passado, os principais parceiros comerciais do estado foram Canadá (17,13% das exportações), Estados Unidos (16,39%), China (10,67%), Países Baixos - Holanda (9,11%) e Itália (8,62%). Em um panorama geral, identificou-se que, do total de 217 municípios, apenas 32 cidades maranhenses realizaram exportações em 2016 e somente 42 realizaram operações de importação.
Os municípios que mais exportaram foram, em ordem decrescente: São Luís, Imperatriz, Balsas, Açailândia e Porto Franco. De janeiro a abril de 2017, os países que mais abasteceram o mercado maranhense com a importação de produtos foram Estados Unidos, Holanda, Rússia, Colômbia, China, Japão e Argentina.
Raio-x
A indústria extrativa maranhense está concentrada em 10 municípios, com destaque maior para São Luís (água mineral), Bacabeira (calcário), Godofredo Viana (gipsita e ouro), Grajaú, Codó (calcário e gipsita), Balsas (diamante), Imperatriz (urânio), Rosário (granito) e Porto Franco (opala).
Já a indústria de transformação está concentrada na Região Metropolitana de São Luís, com 1.601 estabelecimentos nas áreas de alimentos, bebidas e álcool etílico (43,5%), metalurgia (14,2%), química (8,1%), papel, papelão e gráfica e editoração (7,6%), mecânica (6,5%), minerais não-metálicos (6,3%) e têxtil, vestuário e artefatos (4,9%). Juntos, somam, igualmente, 81,3% do total de estabelecimentos industriais.
Imperatriz é o segundo município com volume na indústria de transformação. São 646 estabelecimentos, nos segmentos de alimentos, bebidas e álcool etílico (34,3% das pessoas empregadas), minerais não-metálicos (18,5%), papel, papelão, gráfica e editoração (19,2%), produtos de madeira e mobiliário (10,5%). Juntos, empregam 82,5% das pessoas em toda a indústria de transformação municipal.
Açailândia aparece com 183 indústrias, no segmento de metalurgia (70,1% do volume de empregos), seguido de Timon com 194 unidades de produção e média de 9,3 pessoas/estabelecimento que se concentra em minerais não-metálicos (44,8%) e alimentos, bebidas e álcool etílico (35,3%). A produção de material cerâmico, como insumo para construção civil, é grande especialidade do município, com forte presença no mercado estadual e regional.
MAIS
PIB industrial: R$ 12,28 bilhões (2014)
Participação no PIB industrial nacional:1%
Variação da participação no PIB industrial nacional (entre 2010 e 2014): aumento de 0,2 p.p.
Número de trabalhadores: 93.713
Participação da indústria no PIB do estado: 17,92%
Variação na participação da indústria no PIB do estado (entre 2010 e 2013): alta de 2,2 p.p.
Principais setores: Construção (46,3%), serviços industriais de utilidade pública (15,2%), metalurgia (9,6%)
Exportação do setor: US$ 2,125 bilhões em 2015
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