Dia da Indústria

Setor da indústria é responsável por 19% do PIB no Maranhão

Segmento econômico envolve 9.300 empresas em todo o estado e emprega mais de 93.713 trabalhadores, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego; padarias e gráficas também são consideradas indústrias

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Maranhão conseguiu diversificar o setor, mas sofre com a crise
Maranhão conseguiu diversificar o setor, mas sofre com a crise

Hoje, Dia da Indústria, apesar da crise, há motivo para se comemorar. Afinal, móveis, madeira, derivados de leite, gás, bebidas, combustíveis, gêneros alimentícios, produtos cerâmicos, têxteis, siderúrgicos, minerais, químicos e serviços industriais são alguns itens produzidos por esse importante segmento econômico maranhense, que envolve 9.300 empresas (Siga/CNI) e emprega mais de 93.713 trabalhadores, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa produção representa mais de R$ 12,28 bilhões no PIB industrial e uma participação no PIB do Maranhão de 19%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“É senso comum achar que o Maranhão e, principalmente, São Luís não possuem produção industrial. É verdade que em alguns setores somos importadores em potencial. Entretanto, possuímos, ao longo dos últimos 10 anos, uma diversificação da nossa indústria, e precisamos mostrar para a sociedade que temos nos supermercados produtos fabricados no Maranhão e até exportados para outros países”, destacou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão, Edilson Baldez das Neves.

Os principais setores da indústria no Maranhão são o de construção (46,3%), serviços industriais de utilidade pública (15,2%) e metalurgia (9,6%), segundo dados do perfil dos estados elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI 2015).

Edilson Baldez também ressaltou que muitas pessoas desconhecem, mas a padaria em que se compra o pão todo dia é uma indústria, a gráfica que imprime papéis ou os jornais também. “Nosso papel, na Fiema, é também sensibilizar e aproximar a indústria da comunidade. Já fazemos isso de diversas formas, inclusive com a responsabilidade social na Ação Global e a fomentação de novos negócios na Expo Indústria e no Maranhão for Bussiness focado no mercado internacional”, enfatizou Baldez.

Edilson Baldez das Neves, presidente da Fiema
Edilson Baldez das Neves, presidente da Fiema

Exportação

A exportação do setor industrial em 2015 gerou mais de US$ 2,125 bilhões, sendo os principais produtos exportados alumínio (23%), minério de ferro (23%), ferro fundido (29%), soja (15%), alumina (6%) e manganês, produtos esses repassados ao exterior principalmente pela Vale, Alcoa, Billiton Metais, Viena Siderúrgica e Cargill Agrícola S/A.

Entretanto, é importado um valor bem maior de US$ 4,1 bilhões, sendo óleo diesel (71%), querosene de aviação (11%), adubos e fertilizantes (6%), produtos das indústrias químicas (3%), locomotivas e suas partes (2%) os produtos que chegam ao estado, principalmente para abastecer grandes empresas instaladas no Maranhão, como a Petrobras, Vale e Alumar.

O Maranhão já realizou exportações para mais de 30 países. Ano passado, os principais parceiros comerciais do estado foram Canadá (17,13% das exportações), Estados Unidos (16,39%), China (10,67%), Países Baixos - Holanda (9,11%) e Itália (8,62%). Em um panorama geral, identificou-se que, do total de 217 municípios, apenas 32 cidades maranhenses realizaram exportações em 2016 e somente 42 realizaram operações de importação.

Os municípios que mais exportaram foram, em ordem decrescente: São Luís, Imperatriz, Balsas, Açailândia e Porto Franco. De janeiro a abril de 2017, os países que mais abasteceram o mercado maranhense com a importação de produtos foram Estados Unidos, Holanda, Rússia, Colômbia, China, Japão e Argentina.

Raio-x

A indústria extrativa maranhense está concentrada em 10 municípios, com destaque maior para São Luís (água mineral), Bacabeira (calcário), Godofredo Viana (gipsita e ouro), Grajaú, Codó (calcário e gipsita), Balsas (diamante), Imperatriz (urânio), Rosário (granito) e Porto Franco (opala).

Já a indústria de transformação está concentrada na Região Metropolitana de São Luís, com 1.601 estabelecimentos nas áreas de alimentos, bebidas e álcool etílico (43,5%), metalurgia (14,2%), química (8,1%), papel, papelão e gráfica e editoração (7,6%), mecânica (6,5%), minerais não-metálicos (6,3%) e têxtil, vestuário e artefatos (4,9%). Juntos, somam, igualmente, 81,3% do total de estabelecimentos industriais.

Imperatriz é o segundo município com volume na indústria de transformação. São 646 estabelecimentos, nos segmentos de alimentos, bebidas e álcool etílico (34,3% das pessoas empregadas), minerais não-metálicos (18,5%), papel, papelão, gráfica e editoração (19,2%), produtos de madeira e mobiliário (10,5%). Juntos, empregam 82,5% das pessoas em toda a indústria de transformação municipal.

Açailândia aparece com 183 indústrias, no segmento de metalurgia (70,1% do volume de empregos), seguido de Timon com 194 unidades de produção e média de 9,3 pessoas/estabelecimento que se concentra em minerais não-metálicos (44,8%) e alimentos, bebidas e álcool etílico (35,3%). A produção de material cerâmico, como insumo para construção civil, é grande especialidade do município, com forte presença no mercado estadual e regional.

MAIS

 PIB industrial: R$ 12,28 bilhões (2014)
 Participação no PIB industrial nacional:1%
 Variação da participação no PIB industrial nacional (entre 2010 e 2014): aumento de 0,2 p.p.
 Número de trabalhadores: 93.713
 Participação da indústria no PIB do estado: 17,92%
 Variação na participação da indústria no PIB do estado (entre 2010 e 2013): alta de 2,2 p.p.
 Principais setores: Construção (46,3%), serviços industriais de utilidade pública (15,2%), metalurgia (9,6%)
 Exportação do setor: US$ 2,125 bilhões em 2015

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