SÃO LUÍS - As Tecnologias da Informação e Comunicação já se concretizam como realidade educacional, seja por meio do computador, internet, telefones celulares ou mesmo da TV. Contudo, integrar essas ferramentas para que, de fato, contribuam no processo de ensino e aprendizagem tornou-se o grande desafio deste século.

A avaliação é da professora Tatiana Bacellar, coordenadora acadêmica da Faculdade Pitágoras: “A realidade educativa transfigura-se a partir da entrada da tecnologia, necessitando para tanto de adequação no currículo, formação e atualização docente para que contemplem de forma construtiva e coerente os novos recursos tecnológicos disponíveis”.

Na entrevista a seguir, Tatiana Bacellar fala sobre os desafios que os professores do Ensino Superior terão pela frente.

Qual a realidade das novas tecnologias no ensino superior?
A tecnologia da informação tem representado um importante papel na sociedade moderna, seja interligando pessoas ou mesmo melhorando processos. No ensino superior, esse avanço tem grande representatividade, uma vez que, além de democratizar o conteúdo, possibilita avanços técnicos em diversas áreas cientificas por meio de simulações e experimentações.

Quais os incentivos para a utilização das tecnologias em sala de aula?
Formação docente é a expressão de ordem. É necessário ter um componente fundamental de atualização para o professor, de maneira que a tecnologia seja incorporada não somente no currículo escolar, mas na prática diária em sala de aula. Os professores são profissionais que têm função re(criadora). Cabe a eles planejar estratégias integrando os recursos tecnológicos disponíveis e criar um ambiente favorável que levem os alunos à construção autônoma do conhecimento, resultando numa melhoria efetiva do seu desempenho.

Para os alunos, qual o impacto de conviver com professores ambientados com as novas tecnologias?
Considero como impacto significativo a autonomia. Fernando Dolabela, autor de “Pedagogia Empreendedora”, defende o papel da tecnologia de propor novas possibilidades aos sujeitos que são construtores da sua histórica acadêmica. Se alunos e professores fizerem parte do mesmo universo digital, teremos um maior engajamento acadêmico uma vez que a tecnologia é “viva”, você não se prende apenas A uma metodologia.

O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação facilita o interesse dos alunos pelos conteúdos?
Sem dúvida. A tecnologia amplia a aprendizagem e horizontaliza o acesso. Ela constrói pontes entre o estudante e o conteúdo. Hoje há diversas tecnologias digitais, com linguagens diferenciadas e ricas. Quando o professor usa a tecnologia, ele amplia consideravelmente o espectro de aprendizagem do aluno. Inicialmente, porque ela é atraente e inovadora e, depois, porque é possível suprir as necessidades de cada um. As plataformas adaptativas são exemplos.

Fale um pouco mais sobre as Plataformas Adaptativas?
As Plataformas Adaptativas são metodologias ativas que pertencem ao campo das tecnologias e trabalham a inteligência computacional. Elas funcionam basicamente em um Sistema Virtual de Aprendizagem carregado com conteúdos agrupados e entregues em diferentes formatos (vídeo, texto, atividades interativas, entre outros). O que considero como revolucionário é a personalização, pois o algoritmo é desenvolvido para identificar os gaps de aprendizagem e se adaptar às necessidades de cada aluno.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.