U m dos pontos turísticos mais importantes da capital maranhense e que homenageia um dos poetas mais significativos da literatura brasileira, a Praça Gonçalves Dias está sem receber qualquer serviço de manutenção há mais de quatro meses. De acordo com frequentadores do local e vendedores ambulantes que usam a praça para comercializar seus produtos, a última vez que houve uma equipe do Município no local foi no Carnaval deste ano. Além disso, transeuntes reclamam de falta de segurança.
Com a intensificação do período chuvoso na capital maranhense, o mato cresceu rapidamente e torna o aspecto da Praça Gonçalves Dias ainda mais degradante. Além dos canteiros, o coreto tradicional da praça também está tomado pela vegetação alta. “Desde quando estou aqui trabalhando como vendedora ambulante, há um bom tempo não há qualquer serviço aqui”, disse a vendedora, que se identificou como Maria de Lourdes Oliveira.
A informação é confirmada pelo flanelinha Raimundo Nonato da Silva, que vigia veículos que estacionam diariamente ao lado da praça. “A última vez que vi um serviço de capina por aqui foi no Carnaval, quando a Prefeitura [de São Luís] estava preparando a Praça Gonçalves Dias para a programação”, informou.
A ausência de manutenção da Praça Gonçalves Dias também contribui para o acúmulo de focos do mosquito Aedes aegypti. Nos monumentos onde normalmente ficavam os ramos de flores, na praça, há acúmulo de água oriunda das chuvas. Em alguns destes focos, é possível ver larvas do mosquito. A Prefeitura de São Luís não informou se há algum trabalho de controle do Aedes na praça.
Insegurança
Os usuários da Praça Gonçalves Dias também reclamam da insegurança no local. Segundo os transeuntes, há ausência de policiamento – inclusive à noite. “Hoje mesmo [ontem] alguns skatistas estavam aqui pela manhã e foram assaltados”, afirmou um flanelinha que atua ao lado da praça e não quis informar o nome. Nenhum registro deste episódio estava, até a tarde de ontem, nos autos das ocorrências do Plantão Central da Polícia Civil.
A Praça Gonçalves Dias também virou moradia para pessoas que vivem nas ruas. Até mesmo o gramado alto - alvo das reclamações dos frequentadores - é usado pelos moradores para “estender roupas”. Segundo pessoas que trabalham na praça, os moradores de rua usam a praça como uma espécie de dormitório a céu aberto há, pelo menos, dois meses.
Outro lado
Sobre a falta de capina, até o fechamento desta edição a Prefeitura de São Luís não se pronunciou. Em relação à ausência de segurança, a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) informou que rondas são realizadas diariamente nas áreas adjacentes. A respeito da presença dos moradores de rua, a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas) realiza trabalhos de ressocialização destas pessoas, incluindo o acolhimento deste público em casas de apoio, mantidas pelo poder público municipal.
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.