Brasília - Já são 12 os pedidos para o impeachment do presidente da República, Michel Temer, protocolados desde a quarta-feira (17), segundo a Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, analisar a admissibilidade desses pedidos.
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquérito contra Temer. A Procuradoria-Geral da República apura denúncias dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS e outras empresas. As suspeitas são de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça.
Ao ser questionado por jornalistas na segunda-feira (22), o presidente da Casa, Rodrigo Maia, disse que a Câmara não será usada para desestabilizar o país.
“A Câmara dos Deputados e sua presidência não serão instrumentos para desestabilização do governo. O Brasil já vive uma crise muito profunda para que a Câmara cumpra um papel de desestabilização maior”, afirmou o presidente.
Na entrevista, Maia reconheceu a gravidade da situação política e defendeu o compromisso da Câmara com a recuperação econômica, com a geração de empregos e com a redução da taxa de juros no Brasil.
“Precisamos ter todas nossas energias focadas na agenda econômica, que garante desenvolvimento social para todos”, afirmou Maia.
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