Consequência das ações criminosas

Lojistas do Centro investem em segurança para evitar furtos

Na entrada de alguns estabelecimentos estão sendo instaladas grades, outros possuem alarmes e até sistema de monitoramento 24 horas por dia; arrombamentos têm acontecido com frequência

Thiago Bastos / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38

[e-s001]SÃO LUÍS - As constantes ocorrências de arrombamentos no Centro obrigaram os lojistas da localidade a investir em mais segurança. Alguns estabelecimentos que anteriormente não tinham maiores proteções, passaram a ter grades na entrada. Outros possuem alarmes e até sistemas de monitoramento 24 horas por dia.

Uma das vias cujos empresários estão com maiores preocupações, quanto a segurança, é a Rua de Santaninha, ao lado da Praça Deodoro. Em um trecho de aproximadamente 100 metros, pelo menos três lojas fecharam as portas, pelos sucessivos prejuízos financeiros decorrentes das ocorrências delituosas.

Os lojistas que ainda resistem às ações criminosas decidiram investir em segurança. Um dos estabelecimentos - que revende roupas infantis - colocou grades na porta de acesso na tarde de ontem. A loja foi alvo de arrombamento em fevereiro deste ano e, na ocasião, o prejuízo dos donos do estabelecimento foi de R$ 8 mil. “A gente não aguenta mais trabalhar com tanta insegurança. Por isso, vamos nos trancar de vez, enquanto os bandidos ficam soltos”, disse a gerente da loja, Rosiléia Nunes.

Além das grades, a loja também possui sensor de movimento - acionado à noite - e, em breve, deverá instalar câmeras. “É um investimento que a gente faz, mas que, na verdade, não deveria fazer. Se nem no Centro há segurança, imagine nas casas da gente”, afirmou a gerente.

A gente não aguenta mais trabalhar com tanta insegurança. Por isso, vamos nos trancar de vez, enquanto os bandidos ficam soltos”Rosiléia Nunes, gerente da loja

Outro estabelecimento ao lado e na mesma via no Centro ainda não possui grades, mas segundo a dona da loja (que vende produtos naturais e que preferiu não ser identificada), a entrada do local terá, em breve, novas grades. “Ainda não tenho condições de instalar estas grades, mas terei que fazer, para ter mais segurança”, afirmou. Ela contou ainda que, até o momento, ainda não foi vítima da criminalidade. “Não tive a loja arrombada, mas a gente fica com medo de ser a próxima vítima”, afirmou.

O estabelecimento na Rua da Paz, que revendia roupas e alvo de arrombamento na madrugada de terça-feira, 16, permaneceu fechado ontem. De acordo com o dono do local, Nivaldo Santiago, a loja não será reaberta, já que foi vítima de arrombamentos por três vezes em 15 dias.

[e-s001]Prejuízo x lucro
Enquanto os lojistas contabilizam prejuízos, as pessoas que instalam as grades comemoram os lucros. Segundo um deles, o aumento no faturamento aumentou em dez vezes, nos últimos meses.

“Antes, eu instalava duas grades por mês. Atualmente, estou instalando aqui no Centro duas por dia”, disse Edilson Costa, instalador das grades.

Segundo ele, cada peça é colocada por R$ 400,00. Além da instalação, há também garantias de manutenção. “Por serem de ferro, dificilmente serão rompidas”, confidenciou Costa.

Procurada por O Estado, a Polícia Militar do Maranhão informou que intensificou, nos últimos dias, as rondas nos horários noturnos, em que são mais comuns as ocorrências de arrombamentos. Até o momento, apenas duas pessoas foram presas por este tipo de crime no Centro.

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