Na Casa Branca

Trump e Erdogan reforçam ação na luta contra o terrorismo

EUA e Turquia passaram por recentes tensões depois que Washington decidiu fornecer armas às milícias curdas que lutam na Síria, consideradas terroristas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu ontem na Casa Branca o seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, para um primeiro encontro em meio a divergências sobre a questão das milícias curdas sírias.

Após a reunião, Trump afirmou que os EUA apoiam a Turquia em sua luta contra o terrorismo e grupos como o Estado Islâmico e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização separatista que trava um combate armado contra Ancara desde 1984 e é considerada terrorista pelo governo turco.

O presidente americano também disse que os dois discutiram formas de estreitar o laço comercial entre os dois países e que vai garantir que uma ajuda militar chegue rápido à Turquia. "Estou ansioso para trabalhar junto com o presidente Erdogan para alcançar paz e segurança no Oriente Médio, confrontar as ameaças compartilhadas e por um futuro de dignidade e segurança para os nossos povos", disse Trump, agradecendo a visita de Erdogan.

O presidente turco, por sua vez, disse que manter a relação dos dois países forte "será muito importante não só para os interesses em comum, mas também para a estabilidade do globo e a paz ao redor do mundo". Ela afirmou que sua visita à Casa Branca marca "uma mudança histórica" na relação entre os dois países.

Tom positivo

O pronunciamento de Erdogan teve um tom positivo, considerando as recentes tensões com Washington depois que o governo americano decidiu fornecer armas às milícias curdas que lutam na Síria -- que os EUA têm como um aliado na luta contra os extremistas islâmicos, mas Ancara considera uma extensão do PKK.

"Não há lugar para organizações terroristas no futuro da região", afirmou Erdogan. Ele acrescentou que as atividades da milícia curda YPG e seu braço político na região, o PYD, "nunca serão aceitas".

O presidente turco ainda disse que comunicou suas expectativas, sem citá-las claramente, em relação ao movimento liderado pelo clérigo islamita Fethullah Gulen, que está asilado nos EUA, e quem Ancara acusa de organizar a tentativa de golpe fracassada que aconteceu em julho de 2015. Após o fracasso do golpe, a Turquia pediu a prisão de Gulen, que nega qualquer envolvimento, ao governo americano.

Segundo Erdogan, os dois líderes também concordaram em expandir a relação em economia, comércio, investimentos recíprocos, energia e defesa. Também consideraram as ações conjuntas que podem ser feitas na Síria e no Iraque.

Antes da declaração conjunta, Erdogan foi recebido em pessoa por Trump, com quem conversou no Salão Oval. Trump disse aos jornalistas presentes no início do encontro que esperava ter com Erdogan "uma longa e produtiva discussão".

O objetivo da reunião era "aprofundar a cooperação para enfrentar o terrorismo em todas as suas formas", segundo uma declaração prévia da Casa Branca.

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