Lava Jato

Jornal revela que Flávio Dino pode ser alvo da Polícia Federal

Reportagem da Folha de São Paulo mostra que Procuradoria Geral da República deverá enviar lista com nome de nove governadores para a abertura de inquérito no STJ

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Governador é citado por delator como tendo recebido R$ 200 mil em propina para facilitar tramitação de proposta de interesse da Odebrecht.
Governador é citado por delator como tendo recebido R$ 200 mil em propina para facilitar tramitação de proposta de interesse da Odebrecht. (Flávio Dino)

SÃO LUÍS - O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), é colocado na lista de possíveis alvo da Polícia Federal. Foi o que divulgou na edição desta quarta-feira, 17, do jornal Folha de São Paulo. Além de Dino, outros oito governadores também estarão nessa lista que será encaminhada pela Procuradoria Geral da República ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo notícia da Folha, os governadores que estão na lista da PGR são Beto Richa (PSDB-PR), Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Fernando Pimentel (PT-MG), Flávio Dino (PCdoB-MA), Geraldo Alckmin (PSDB-SP), Marcelo Miranda (PMDB-TO), Raimundo Colombo (PSD-SC), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Paulo Hartung (PMDB-ES).

Segundo a reportagem, os ministros do STJ aguardam a lista que será encaminhada pelo vice-procurador da República, Bonifácio Andrada, responsável por assuntos remetidos ao STJ. Além do pedido de abertura de inquérito, ainda de acordo com reportagem da Folha, há até pedidos de prisão temporária ou de suspensão de mandatos envolvendo os governadores.

Os documentos ainda não chegaram ao STJ porque a PGR aguardava posição do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a necessidade de autorização das Assembleias Legislativas para abrir investigação contra governadores. Os ministros do STF definiram que não há tal necessidade, o que abriu caminho para o pedido de investigação de governadores citados em delação de executivos da Odebrecht.

Maranhão – O governador Flávio Dino é posto na lista como possível investigado do STJ porque em delação do ex-executivo da Odebrecht, José Filho, o comunista é acusado de ter recebido R$ 200 mil para contribuir positivamente em tramitação de projeto de lei de interesse da empreiteira.

O valor dado a Dino (cujo nome na lista da empresa era Cuba) foi destinado para a campanha eleitoral de 2010.

O governador nega que tenha recebido qualquer dinheiro da Odebrecht e apresentou documento da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados mostrando que não chegou a relatar a proposta de interessa da empreiteira.

A justificativa de Dino chamou mais atenção pela data de emissão. Ele pediu o documento em 17 de março deste ano. No entanto, a lista com citado na delação e também com os pedidos de investigação da PRG somente foram divulgados em 12 de abril.

O comunista alega que devido a boatos que vinham sendo divulgados em vários meios de comunicação, pediu antecipadamente a certidão a Câmara.

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