FALTA D''ÁGUA

Reservatório do Batatã está com apenas 18% da sua capacidade

De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), mesmo com as chuvas que caem na Ilha de maneira mais intensa, a totalidade de armazenagem da barragem ainda não foi devolvida; problema ocorre há anos

Jock Dean/O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h38
Batatã ainda não  atingiu um limite satisfatório
Batatã ainda não atingiu um limite satisfatório (Batatã)

SÃO LUÍS - O ano de 2017 tem sido de mais chuvas que os anteriores, em São Luís. Mas a abundância de água que cai do céu não representou mais água na torneira dos ludovicenses. É que um dos principais sistemas de abastecimento da capital, a Barragem do Batatã, está com apenas 18% da sua capacidade de armazenamento. Os dados são da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), segundo a última medição, feita no dia 3 deste mês.

O Reservatório Batatã está situado dentro das áreas protegidas do Parque Estadual do Bacanga, situado na porção sudeste da Bacia Hidrográfica do Rio Bacanga, ao longo da porção média a superior da sub-bacia do Rio Batatã. O reservatório foi estrategicamente construído em 1964 pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS). Ele tem comprimento de 485 metros e altura máxima de 17 metros.

O pouco volume disponível de água no reservatório é um problema antigo. Em 2014, a Caema informou que aquele era o quarto ano consecutivo em que a barragem estava “seca”. Em novembro de 2014, o Batatã estava com apenas 5% da sua capacidade de armazenamento de água. Em março do ano seguinte, a Caema informou que o Batatã tinha apenas 1% da sua capacidade. Em maio de 2016, o Batatã operava com apenas 20% da sua capacidade em pleno período chuvoso. Situação semelhante à atual, já que mesmo com toda a chuva registrada até agora em 2017 o reservatório funciona com apenas 18% da capacidade de água que pode armazenar.

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Com este cenário, a exploração feita pela Caema do recurso na barragem atualmente resume-se a uma captação de 12 horas por dia, gerando volume de 360 metros cúbicos por hora ou mil litros por segundo, que são destinados a abastecer a área do Centro de São Luís.

Essa mesma área recebe ainda reforço de vazão da bateria de 16 poços existentes na área do Parque Estadual do Bacanga, cujo volume é destinado para a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Sacavém para tratamento, reservação e distribuição, e ainda há a contribuição advinda do Sistema Italuís, pois somente a barragem não tem mais condições de abastecer adequadamente a população.

NÚMEROS
1,8 metro cúbico por segundo é atual vazão da adutora do Sistema Italuís
2,1 metros cúbicos por segundo será a vazão da adutora após a conclusão das obras
10 mil metros cúbicos ou 4.600.000 litros é a capacidade de armazenagem do Reservatório do Batatã

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