[e-s001]SÃO LUÍS - A praça que fica ao lado da sede da Capitania dos Portos e do Palácio dos Leões, no Centro Histórico de São Luís, está abandonada. No logradouro há diversos sinais de vandalismo e quem frequenta o local reclama da falta de segurança, sobretudo à noite, apesar da proximidade com dois dos prédios públicos mais importantes da região.

A praça tem dois pontos de acesso, um pela escadaria ao lado da Capitania dos Portos, e outro pela escadaria na Avenida Beira-Mar, em frente ao Coreto da Praia Grande. Por causa da sua localização era de se esperar que ela estivesse entre as mais bem preservadas de São Luís, mas a exemplo de outras praças da capital não é isto que acontece.

Os lampiões da praça estão com a fiação expostas, há pichações por todos os lados, o calçamento tem diversos trechos danificados, há lixo acumulado em vários pontos e um dos bueiros está destampado e cheio de lixo. O local é mais comumente usado por moradores de rua da região, que usam o logradouro, inclusive para fazer suas necessidades fisiológicas.

Em 2015, a sub-prefeitura do Centro Histórico fez obras de requalificação de toda a Avenida Pedro II, no espaço que se estende da Rampa do Palácio, nas imediações da Capitania dos Portos à Praça da Mãe d’Água, em frente à Igreja da Sé. Todo o piso do trecho passou por requalificação, com substituição das pedras portuguesas, nova iluminação com direcionamento artístico e arborização sob responsabilidade do Instituto Municipal de Paisagem Urbana (Impur).

Mas a praça entre a sede da Marinha e do Governo do Estado não recebeu serviços de manutenção. Em 2016, o Governo do Estado inaugurou um monumento no local em homenagem a um índio timbira executado por homofobia no Maranhão em 1614. Mesmo com a solenidade com contou com a participação de pesquisadores de renome nacional o logradouro não passou por obras de manutenção.

[e-s001]O descaso do poder público é alvo de reclamações por quem frequenta o Centro Histórico de São Luís. “Se esta praça está assim, que fica debaixo da sede do governo e da prefeitura, imagine outras mais distantes. Eu costumo vir aqui. Durante o dia, como tem movimento a gente ainda consegue ficar nela, mas à noite é impossível. Os assaltos são muito comuns”, diz Avelino Ribeiro, que estava passeando com a esposa pela Praça Pedro II, na tarde de ontem.

SAIBA MAIS

Poucas pessoas sabem, mas esta praça chama-se oficialmente Praça Marcilio Ramos.

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