Abandono

Rua Grande declina em meio à crise econômica e desorganização

Problemas de infraestrutura afastam consumidores e crise econômica leva lojistas a buscarem pontos comerciais fora da via; reforma do logradouro, prevista para começar em setembro de 2015, tem como novo prazo junho deste ano

Jock Dean / O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Rua Grande tem problemas de infraestrutura  que afastam consumidores
Rua Grande tem problemas de infraestrutura que afastam consumidores (Rua Grande)

SÃO LUÍS - Centro comercial mais popular de São Luís, a Rua Grande vive fase de precarização em meio a cenário econômico de retração das vendas. Os problemas da via têm se agravado nos últimos anos, devido à deterioração urbana do local, aliado à falta de segurança e áreas de estacionamento, entre outras deficiências. Diariamente, milhares de consumidores que passam pela Rua Grande enfrentam várias dificuldades como o calçamento irregular, por causa dos muitos buracos e desníveis.

Diversos bueiros estão com a cobertura danificada, deixando as estruturas de ferro à mostra e com lixo acumulado no seu entorno, seja por causa da falta de educação de muitos consumidores, ou de lojistas, ou por causa da falta de lixeiras, já que muitas foram depredadas e não substituídas. Faltam ainda equipamentos públicos para uso dos consumidores como banheiros.

A crise econômica também representou um baque para os lojistas. Essa queda nas vendas levou algumas lojas a fecharem as portas e lojistas a colocarem pontos comerciais para venda ou aluguel. “Há de fato um fechamento de certos estabelecimentos no entorno da Rua Grande, mas entendemos que seja mais relativo a valores de aluguel. O lojista não fecha, se ajusta à realidade, que hoje é outra. É uma adequação financeira. Se for preciso, ele busca outro local”, explica Fábio Ribeiro, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL).


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Reforma no papel
A melhora nas vendas depende dos ajustes na economia que precisam ser feitos pelo Governo Federal, mas a infraestrutura da Rua Grande poderia ser completamente diferente se a obra de revitalização da via já tivesse sido executada. A obra, que tinha previsão inicial de começar em setembro de 2015, nunca saiu do papel. Ela duraria um ano e seria feita em etapas para que o comércio na área não tivesse que fechar as portas durante os trabalhos. A obra faz parte do PAC Cidades Históricas, que tem o objetivo de revitalizar o centro de São Luís. Se tivesse começado no prazo, já teria sido entregue.

Procurado por O Estado, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que a obra tem previsão de início ainda para o primeiro semestre de 2017. O Iphan informou ainda que o projeto está em nível executivo finalizado. Falta apenas a complementação de documentação, a exemplo de plano de execução de obras, orçamento e alguns documentos que precisam de aprovação de secretarias municipais. Sobre o atraso no início dos trabalhos, o instituto informou que a reforma ainda não ocorreu por causa do atraso na conclusão dos projetos, pelo consórcio das empresas vencedoras do processo licitatório.

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