O recente anúncio da saída do deputado federal José Reinaldo Tavares do PSB deve ter como efeito imediato o enfraquecimento da ala aliada ao governador Flávio Dino (PCdoB) no partido.

Os socialistas compõem a base de apoio ao governo comunista e têm no prefeito de Timon, Luciano Leitoa, seu presidente, um dos principais elos da sigla com o Executivo estadual.

Até hoje, no entanto, ele contava com o apoio de José Reinaldo para conter avanços de lideranças como o senador Roberto Rocha (PSB) – que deseja ter o PSB cada vez mais longe do governo.

Com a decisão do deputado federal de deixar a legenda, Leitoa e a ala dinista do partido terão menos apoio para manter o partido na base governista. De outro lado, o senador Roberto Rocha deve tentar ampliar o esforço por um rompimento oficial com os comunistas.

Saída – Em artigo publicado na segunda-feira, 1º, José Reinaldo disse que escolheu deixar a legenda porque os seus líderes resolveram fechar questão contra as reformas Trabalhista e da Previdência – o parlamentar é a favor das duas.

“Eu estou saindo do PSB exatamente porque [o partido] resolveu fechar questão contra as reformas trabalhista e previdenciária sem ouvir as bancadas da Câmara e do Senado”, justificou ele.

Após o anúncio oficial, Roberto Rocha contestou a versão do, agora, ex-colega de partido. Segundo o senador, não foi o ex-governador quem decidiu sair do PSB, mas o partido que o forçou desfiliar-se.

“Os deputados que votaram a favor da reforma, contra decisão do partido, foram retaliados. Ou saem, ou serão expulsos”, declarou.

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