ANCARA - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, será renomeado no próximo dia 21 de maio presidente do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), legenda que ele fundou e dirigiu até 2014, e que governa a Turquia há 15 anos.
Assim anunciou ontem o primeiro-ministro turco e chefe do partido, Binali Yildirim, durante a cerimônia em que Erdogan assinou sua reincorporação como militante do AKP, do qual teve que se desfiliar em 2014 quando foi eleito presidente do país, já que a Constituição não permitia ao chefe de Estado pertencer a um partido.
A reforma constitucional promovida pelo AKP e aprovada em referendo em 16 de abril elimina essa cláusula e permite a militância partidária ao chefe do Estado. O AKP realizará no próximo dia 21 de maio um congresso extraordinário no qual Erdogan reassumirá a presidência do partido, fundado em 2001.
Influência
Embora Erdogan estivesse formalmente afastado dos órgãos do partido, sua influência sempre foi enorme e os analistas políticos concordam que sua palavra era o único poder de fato na legenda islamita.
Em setembro do ano passado, inclusive, Yildirim disse que o "líder verdadeiro" era Erdogan.
O cancelamento desta norma constitucional é um dos poucos pontos da reforma que se aplicam imediatamente. A grande maioria das mudanças, como a entrega do Poder Executivo ao presidente, serão efetivadas somente após as próximas eleições presidenciais, marcada para 2019.
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