Romaria do Trabalhador marca as celebrações do 1º de Maio na Ilha

Promovida pela Arquidiocese de São Luís, reuniu trabalhadores, líderes sindicais e fiéis católicos, na zona rural de São Luís; movimento teve como tema “Trabalhadores em marcha contra a negação dos seus direitos”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Jovem protesta contra as mudanças da CLT em Romaria do trabalhador
Jovem protesta contra as mudanças da CLT em Romaria do trabalhador

SÃO LUÍS- Trabalhadores, líderes sindicais e fiéis católicos se reuniram ontem na Romaria do Trabalhador que aconteceu em São Luís em comemoração ao Dia Internacional do Trabalho. A romaria foi realizada pelo setor 1 da Forania São Cristóvão, da Arquidiocese de São Luís. O tema da celebração este ano foi “Trabalhadores em marcha contra a negação dos seus direitos” e o lema foi “Todo trabalhador tem direito ao seu sustento” (Mt 10,10).

A romaria saiu do KM 11, da BR-135, por volta das 14h após concentração na Paróquia São José dos Migrantes e Nossa Senhora da Boa Viagem, próximo ao Quebra Pote, zona rural de São Luís. Eles caminharam até o KM 0 de onde voltaram para a Paróquia São José dos Migrantes, na Vila Itamar, para o encerramento da romaria com diversos shows católicos.

Com hinos e palavras de ordem a romaria, além de comemorar o Dia Internacional do Trabalho, foi mais um ato contra a Reforma Trabalhista proposta pelo Governo Michel Temer e aprovada na Câmara dos Deputados na semana passada. Abrindo a marcha um caixão simbolizando o enterro da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que é como os líderes sindicais definem a reforma proposta pelo governo.

A organização estimou em 1.000 pessoas o total de participantes da romaria este ano. A Romaria do Trabalhador é realizada na capital maranhense desde 1990 e sempre reúne trabalhadores e representantes de classes profissionais, no dia 1º de maio, em um ato de luta pelos direitos da classe trabalhadora. A cada ano a concentração da romaria muda de local para poder conscientizar diferentes comunidades da capital maranhense

Romaria é realizada desde 1990
Romaria é realizada desde 1990

Além de chamar atenção para a Reforma Trabalhista, a romaria também enfocou a Reforma da Previdência, que também é considerada um prejuízo para a classe trabalhadora do país por centrais sindicais como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) as quais participaram da marcha.

O evento foi uma continuidade da Greve Geral do dia 28 de abril, movimento nacional que paralisou diversos serviços na sexta-feira em protesto contra o pacote de reformas do Governo Federal. Em São Luís, professores da rede pública municipal, servidores federais e estaduais, rodoviários, bancários, enfermeiros e diversas outras categorias aderiram ao movimento.

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