Na rua Grande

Representantes da CUT ameaçam lojistas que abriram lojas na rua Grande

Tal atitude foi repudiada, via nota, pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís

OESTADOMA.COM

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
(Foto: Divulgação. )

SÃO LUÍS –Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São Luís tentaram impedir o funcionamento de lojas na rua Grande, Centro da capital maranhense. Um vídeo publicado nas redes sociais mostra um grupo em frente a uma loja proferindo ameaças aos lojistas caso não fechem as lojas.

“Nós não vamos nos responsabilizar por qualquer coisa que vier a acontecer nesse estabelecimento comercial. E a gente pede, com todo carinho, com todo amor, para fechar o estabelecimento comercial. Porque liberar um dia o trabalhador você não tem perda grande, perda grande será se o pessoal invadir e levar tudo que tem dentro. Se não fechar, nós vamos entrar”, diz um manifestante em um microfone

Tal atitude foi repudiada, via nota, pela Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís. Que afirmou que a CUT feriu o direito de ir e vir garantidos na constituição.

Veja nota:

O direito de ir e vir, assim como o livre arbítrio em escolher se vai aderir ou não a protestos e greves não são favores pessoais, mas direitos coletivos garantidos pela Constituição brasileira.

Direitos esses que foram completamente desrespeitados pelos membros da CUT e demais entidades nessa sexta - feira (28.04), durante os protestos contra reformas do atual Governo na Rua Grande. Além de impossibilitarem o acesso à principal via de comércio da capital maranhense, os líderes desses movimentos praticamente ameaçaram os lojistas que estavam com seus estabelecimentos abertos. Com discursos proferidos em microfones, os representantes das entidades sindicais que aderiram ao movimento grevista simplesmente ameaçaram os vendedores com frases como: "Não nos responsabilizamos pelas lojas abertas, pois é melhor liberar seus vencedores por um dia que ter a loja invadida e saqueada". E mais, em vídeo uma manifestante com camisa da CUT ameaçava os comerciantes dizendo às pessoas de uma loja: "Nós vamos voltar aqui, nós vamos voltar".

Márcia Mello, gerente das loja de cosméticos IAP localizada na Rua Grande, denunciou os abusos dos manifestantes:

"Esses manifestantes passaram aqui na loja batendo nas portas e na vitrine, só faltaram quebrar tudo. Fazer manifestação é uma coisa, destruir o patrimônio alheio é baderna. Cadê a polícia? " , protestou indignada a gerente.

Foi esse clima de tensão e medo que os comerciantes da Rua Grande vivenciaram ao tentarem trabalhar para minimizarem os prejuízos de um comércio lojista já penalizado, que sofre com a atual crise econômica brasileira. Esse foi o preço que tiveram que pagar por tentarem se manter em atividade e conseguir honrar os compromissos de salários com os seus colaboradores.

O Pres. da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís, Fábio Ribeiro, manifestou seu repúdio sobre esses abusos:

"Quando uma sociedade democrática desrespeita os direitos previstos pela Constituição, já estamos em situação de enorme prejuízo. Repudiamos todo o qualquer movimento que disfarçado de luta trabalhista sirva a interesses políticos disfarçados, como nesse caso, no qual o que se viu na Rua Grande foi uma verdadeira violência contra trabalhadores e empresários honestos, que com seu trabalho movem a já combalida economia desse país e dessa cidade. A CDL São Luís está solidária aos lojistas, e aos trabalhadores também, que sentiram-se lesados nesse dia, tanto comercial, quanto moralmente e confia nas autoridades e na Segurança Pública para impedir esses abusos", declarou Fábio Ribeiro.

Assistas aos vídeos:

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