Manifestações

Greve geral deve paralisar o país nesta sexta-feira

Centrais sindicais mobilizaram todas as categorias profissionais e a maioria decidiu aderir ao movimento nas principais capitais brasileiras; movimento ainda ganha adesões

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39

BRASÍLIA - As principais centrais sindicais do país convocaram uma greve geral para esta sexta-feira, 28, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional, e a Lei da Terceirização. Várias categorias profissionais realizaram assembleias e anunciaram adesão ao movimento.

No estado de São Paulo pelos menos 15 categorias informaram que vão parar, entre elas os metroviários de São Paulo (com exceção da linha amarela), ferroviários (Linhas 7, 10, 11 e 12 da CPTM não funcionarão); professores da rede pública estadual, municipal e particular, bancários de São Paulo, Osasco e região; servidores municipais, trabalhadores da Saúde e Previdência do estado e metalúrgicos de ABC.

Também vão parar os rodoviários de São Paulo, Guarulhos (paralisação de 24 horas com contingente de 30% das frotas), Santos, Campinas, Sorocaba e região; petroleiros das refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; portuários de Santos; petroleiros das refinarias de Paulínia (Replan), Capuava (Recap) de São José dos Campos e Cubatão; e os funcionários de Correios, que decretaram greve nacional por tempo indeterminado.

Os aeroviários de Guarulhos – que trabalham no check-in, na pista, abastecimento e guichê de informações- estão em estado de greve.

As companhias Avianca, Gol e Latam informaram, em nota, que os voos poderão registrar atrasos e cancelamentos em rotas domésticas e internacionais. Os clientes poderão solicitar reembolso das passagens sem a cobrança de multas.

As empresas ainda solicitam que os passageiros agilizem o procedimento de check-in via internet, aplicativos para smartphones ou totem para autoatendimento e acompanhem a situação de seus voos por meio dos sites das companhias antes de comparecerem ao aeroporto.

Rio de Janeiro

No estado e na cidade do Rio, os funcionários do metrô e os motoristas e cobradores de ônibus irão parar nas primeiras horas de sexta-feira, assim como professores das escolas públicas e particulares, policiais civis, militares,federais;servidores das justiças federal, trabalhista; radialistas; petroleiros; carteiros e aeroviários.

A Secretaria Estadual de Transportes informou que os sistemas de metrô, trens, barcas e ônibus intermunicipais funcionarão normalmente, mas que há planos de contingência. A concessionária do serviço ferroviário no estado e a MetrôRio, que administra o metrô da cidade, informaram que vão monitorar a demanda de passageiros para reforçar a operação caso haja necessidade.

Pelo menos seis categorias profissionais pretendem suspender as atividades na Bahia. Os rodoviários em Salvador iniciarão a paralisação a partir da meia-noite de amanhã. As agências bancárias estarão fechadas. Como segunda-feira (1º) é feriado, os serviços internos serão retomados a partir da terça-feira (2).

Professores das redes estadual e municipal irão aderir à greve geral. Os médicos estaduais também informaram que irão suspender os atendimentos eletivos (como consultas). Os serviços de urgência e de emergência serão mantidos.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) reforçará o número de policiais militares em praças, nos terminais de integração do transporte coletivo e nas principais avenidas. A Autarquia Municipal de Trânsito vai atuar na organização do fluxo de veículos nos locais onde houver manifestações.

Ao menos 14 categorias em Minas Gerais já decidiram em assembleia aderir à greve geral convocada pelas centrais sindicais.

Aderiram à greve: rodoviários, metroviários, professores das redes pública e privada, servidores públicos, profissionais da saúde, trabalhadores dos Correios, eletricitários, bancários, psicólogos, economistas, jornalistas, radialistas, petroleiros e aeroportuários, entre outros. A maior mobilização ocorrerá em Belo Horizonte, onde é previsto um ato pelas ruas do centro a partir de 9h.

Pernambuco

Policiais civis, federais, rodoviários federais, agentes penitenciários e guardas municipais do Recife e dos municípios de Camaragibe e Ipojuca, Região Metropolitana do Recife aderiram à greve geral.

No setor público, irão parar servidores da Assembleia Legislativa de Pernambuco, do Ministério Público de Pernambuco, professores e servidores da Universidade de Pernambuco (UPE), auditores fiscais da Secretaria da Fazenda de Pernambuco.

Mais

Alguns quadros da Igreja Católica, como a Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), manifestaram apoio à greve geral no país planejada para esta sexta-feira 28, contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer. A Diocese de Campos, por exemplo, divulgou posicionamento de apoio à greve, assinado pelo bisco diocesano Dom Roberto Francisco Ferreria Paz. "A Diocese de Campos seguindo a caminhada da CNBB e junto a outras Igrejas Cristãs e Religiões, apoia paralisação geral do dia 24/04/17, em defesa dos direitos sociais e da Constituição", diz a nota.

Ministério Público do Trabalho

defende legitimidade da greve geral

O Ministério Público do Trabalho (MPT) divulgou na quarta-feira (26) nota pública sobre a greve geral marcada para a próxima sexta-feira (28).

O MPT destaca a legitimidade da paralisação.

"Movimento justo e adequado de resistência dos trabalhadores às reformas trabalhista e previdenciária, em trâmite açodado no Congresso Nacional, diante da ausência de consulta efetiva aos representantes dos trabalhadores".

Na nota, o MPT reafirma a "posição institucional do Ministério Público do Trabalho - MPT contra as medidas de retirada e enfraquecimento de direitos fundamentais dos trabalhadores contidas no Projeto de Lei que trata da denominada “Reforma Trabalhista”, que violam gravemente a Constituição Federal de 1988 e Convenções Fundamentais da Organização Internacional do Trabalho".

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