Atendimentos

Ação de saúde e assistência social beneficiam profissionais do sexo

Vários serviços foram prestados, como atendimentos médicos, de enfermagem, psicológicos e de serviço social, aplicação de vacinas contra o tétano, hepatite B e tríplice viral, além de testes rápidos de HIV/Aids e hepatites virais

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Voluntário faz a aferição de pressão durante ação realizada na Travessa do Portinho
Voluntário faz a aferição de pressão durante ação realizada na Travessa do Portinho (profissional do sexo)

SÃO LUÍS - Profissionais do sexo receberam ação de saúde e assistência social na quinta-feira, 27, na Travessa do Portinho - região conhecida popularmente como Oscar Frota. A atividade foi realizada pela a Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), em parceria com o Fórum Estadual de Políticas Públicas Sobre Drogas

Vários serviços foram prestados, como atendimentos médicos, de enfermagem, psicológicos e de serviço social, aplicação de vacinas contra o tétano, hepatite B e tríplice viral, além de testes rápidos de HIV/Aids e hepatites virais.

Equipes de abordagem social fizeram o trabalho de convencimento para que profissionais do sexo que usam drogas pudessem iniciar o tratamento adequado no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps ad).

Uma delas, usuária e em situação de rua, foi encaminhada para a Unidade de Acolhimento (UA) da Cohab. Marcos Pacheco, secretário de Estado Extraordinário de Articulação das Políticas Públicas, contou que no local circulam cerca de 100 mulheres, e que nem sempre procuram os serviços básicos de saúde. “São mulheres muito vulneráveis, que nem sempre vão até uma unidade de saúde, até pelo preconceito que sofrem. Por isso nós viemos aqui ao encontro delas”, explicou o secretário.

Francisca de Sousa, de 31 anos, trabalha no local há mais de 10 anos, e, nesse percurso acabou tornando-se usuária de crack. Após receber os serviços de saúde e assistência social, aceitou iniciar o tratamento e foi encaminhada imediatamente ao Caps ad, e também para acolhimento na UA da Cohab, já que estava em situação de rua. “Hoje senti algo dentro de mim dizendo que é a hora de parar, de buscar ajuda. Comecei a usar quando vi as pessoas usando também, e continuei”, revelou Francisca.

A presidente da Associação das Profissionais do Sexo do Maranhão (Aprosma), Maria de Jesus Almeida, destacou que a ação é multiplicadora de cuidados de saúde e assistência. “Ser líder é pensar na situação da companheira. Minha história de vida não é diferente da delas. E saúde é uma prioridade na vida da gente. Saúde, moradia, segurança, são muito importantes. Mas a saúde sempre fica na frente, pois sem ela a gente não consegue nada. Cada ação dessas é muito multiplicadora”, finalizou De Jesus, como é popularmente conhecida.

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