Menos doentes

Casos de dengue em São Luís têm redução de 80% este ano

Ações constantes realizadas com a população contribuíram para a diminuição do número de casos da doença; casas fechadas ainda representam um entrave para acabar com os focos do mosquito

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Água acumulada é espaço propício para a proliferação do Aedes
Água acumulada é espaço propício para a proliferação do Aedes (dengue)

SÃO LUÍS - Os primeiros meses de 2017 registraram menos casos de dengue em São Luís, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). A redução foi de 80,81% de janeiro a abril deste ano em relação ao mesmo período de 2016. De acordo com a secretaria, as ações constantes realizadas com a população contribuíram para a diminuição do nú­mero de casos da doença. De janeiro a abril de 2017, foram notificados 326 casos de dengue na capital. No mesmo período do ano passado, a Semus havia registrado 1.699 casos. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral.

Campanhas de prevenção alertam todos os anos para as formas de combate ao mosquito Aedes aegypti. Desde 2015, o combate ao mosquito se tornou ainda mais indispensável, porque, além da dengue, o mosquito passou a transmitir também a febre chikungunya e o zika vírus. A preocupação com a proliferação do mosquito aumentou também por causa dos casos de febre amarela, também transmitida por ele nas áreas urbanas, que foram registrados em algumas cidades brasileiras.

Por isso, este ano a Semus intensificou o combate ao mosquito. Como estratégia para a eliminação de focos, a Semus dividiu o município em oito áreas distritais. A secretaria tem realizado de for­ma rotineira visitas a domicílios na cidade.
O serviço é feito pelos 325 agentes de combate à dengue que atuam nas distritais. As equipes realizam em visitas nas residências com intervalos em torno de 60 dias, conforme instrução do Ministério da Saúde. Dentro deste prazo, cada agente realiza visitas em mil imóveis. Diariamente, os agentes visitam em torno de 25 a 30 casas. De cada 100 casas visitadas, pelo menos 20 estão fechadas. Geralmente, são nestas que se encontram os focos.

Em casos de imóveis trancados, os agentes de controle de endemias estão autorizados a entrar por meio da Medida Provisória nº 31.428, do Governo do Estado do Maranhão, que permite o ingresso forçado em imóveis públicos e particulares abandonados para ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus. A Medida Provisória classifica como imóvel abandonado aquele com flagrante ausência prolongada de utilização, situação que pode ser verificada por características físicas do imóvel, por sinais de inexistência de conservação, pelo relato de moradores da área ou por outros indícios.

Até o fim deste mês, a Semus deve reforçar o combate ao mosquito junto à população com o lançamento de mais uma campanha estratégica de esclarecimento sobre a eliminação do mosquito Aedes aegypti. Os bairros recebem gradativamente atividades emergenciais no período de sazonalidade, que vai de janeiro a junho, mais propício para a proliferação das doenças causadas pelo Aedes, além de ações de rotina durante todo ano. Esse controle deverá ser reforçado a partir do mês de maio, após o período de chuvas mais intensas.

A Semus destaca ainda que a colaboração da população no combate ao mosquito continua sendo fundamental para a manutenção dos baixos índices da doença. As recomendações de limpezas de reservatórios e evitar o represamento de água estão entre as medidas com maior eficácia e bons resultados.

SAIBA MAIS

Principais tipos de criadouro
Certificar que caixa d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados;
Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas;
Guardar pneus em locais cobertos;
Guardar garrafas com a boca virada para baixo;
Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos escoamentos de água;
Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras;
Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal;
Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias;
Guardar baldes com a boca virada para baixo;
Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos;
Manter limpas as piscinas;
Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos

Como eliminar os focos
Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha;
Jogar as larvas na terra ou no chão seco;
Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida;
Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

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