Praticamente abandonado, sem segurança e invadido por usuários de drogas. É essa a realidade do prédio do Centro de Arte Japiaçu, na Rua dos Afogados, no bairro Diamante. Segundo moradores da área, o centro está desativado e não está oferecendo as atividades para as quais foi criado. O projeto, entre outras coisas, foi pensado para servir de centro de capacitação e apoio em diversas linguagens artísticas, com cursos voltados, inclusive, para a geração de renda, por meio do desenvolvimento de produtos artísticos, utilitários e artesanais.
No entanto, nada disso tem ocorrido nos últimos meses, conforme os moradores do Diamante. José de Ribamar Teixeira da Silva, que trabalha em uma loja de ar condicionado bem próximo ao Centro, por exemplo, mostrou-se indignado com o descaso. Ele contou que a situação está assim há quatro meses. E disse que, por diversas vezes, viu pessoas invadindo a área pela lateral, onde há uma passagem pelo muro, já que o portão principal está fechado com cadeado.
“O prédio está jogado às traças e ninguém faz nada. Parece que as autoridades atuais, tanto do Estado quanto do Município, são inimigas da cultura. Tenho visto pessoas entrar para usar drogas e está tudo cheio de mato", disse.
Sem manutenção
Outra moradora, que não quis ser identificada, também relatou a situação de abandono do prédio. “O que a gente sabe é que está fechado, tudo parado, e o prédio vai ficando assim, jogado, sem manutenção, sem vigia, apenas fechado. Acontece que as pessoas entram pela lateral e invadem, para fazer sabe-se lá o que”, contou.
O Centro de Arte Japiaçu foi criado em 1972 pela professora Rosa Mochel com o objetivo de capacitar a comunidade promovendo cursos, oficinas, treinamentos, realização de feiras, exposições, implantação de atividades em parceria com instituições públicas e privadas. Tem a finalidade de atender às diferentes linguagens artísticas, exercitando práticas e atitudes que têm uma incidência sobre a capacidade do homem de se expressar, de interagir com o mundo e se comunicar. Por isso, suas atividades são voltadas para a educação, inclusão social e geração de renda, através do desenvolvimento de produtos artísticos, utilitários e artesanais.
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