Lava Jato

Supremo vai investigar vazamento de lista de Fachin

Divulgação antecipada foi feita pela imprensa; no Maranhão quem deve acesso antes a lista foi o governador Flávio Dino que conseguiu certidão para tentar provar sua inocência

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Certidão da CCJ da Câmara Federal apresentada pelo governador Flávio Dino
Certidão da CCJ da Câmara Federal apresentada pelo governador Flávio Dino (Certidão)

O vazamento de informações da lista de citados por delatores da Operação Lava Jato vai ser apurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Foi o que determinou a presidente do tribunal, ministra Carmen Lúcia. Ela faz referência a divulgação pela imprensa da lista de indiciados, que mesmo de antes de ser tornada pública pelo ministro Edson Fachin, já estava sendo divulgada pela imprensa.

Por determinação da presidente do Supremo, uma comissão especial foi formada para apurar o vazamento. O jornal O Estado de São Paulo foi o primeiro a divulgar os nomes que fazem parte da lista de citados por delatores da Lava Jato.

Ao que tudo indica, além do jornal paulista, também teve acesso antes as informações da lista e Fachin o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Pelo menos é o que acusa os opositores do governador. Dino foi citado pelo ex-executivo da Odebrecht, João Filho, como tendo recebido R$ 200 mil para a campanha eleitoral de 2010 em troca de favores em um projeto de lei que favoreceria a empresa em negócios em Cuba.

O motivo para a desconfiança da oposição é uma certidão apresentada pelo comunista horas depois de ter o nome divulgado na lista de Fachin. A certidão é da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados atestando que Flávio Dino não relator o projeto de lei citado por João Filho em depoimento de delação.

O documento postado nos perfis das redes sociais do comunista data de 17 de março, cerca de 20 dias antes da divulgação da lista dos citados por delatores na Operação Lava Jato.

A oposição promete cobrar uma explicação formal do governador para ele ter já em mãos uma certidão que trata especificamente da proposição que, segundo o delator, foi a moeda de troca pela propina de R$ 200 mil a Dino.

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