SÃO LUÍS - Motoristas que atuam em táxis-lotação, também conhecidos como carrinhos, da área Itaqui-Bacanga, em São Luís, voltaram a cobrar a liberdade para o transporte remunerado de passageiros. Essa cobrança veio por meio de um protesto que a categoria realizou na manhã de ontem, na Avenida Beira-Mar, o que deixou o trânsito no local congestionado.
Os manifestantes se concentraram primeiramente na Avenida dos Portugueses e seguiram para o centro da cidade. Nas proximidades da Fonte do Bispo (Anel Viário), onde eles geralmente ficam estacionados à espera dos clientes, havia uma grande quantidade de policiais militares e agentes da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) os aguardando, para evitar maiores transtornos.
Houve uma dispersão, e os motoristas se concentraram novamente na Avenida Beira-Mar, em frente ao Terminal de Integração da Praia Grande. No local, o protesto uniu-se com o dos estudantes que reivindicavam a volta do sistema de bilhetagem eletrônica, deixando o trânsito ainda mais congestionado na região.
Os motoristas usavam faixas e um carro de som para chamar atenção da sociedade para a causa da categoria. “Todos aqui são pais de família e precisam ter algum tipo de renda”, disse Antônio Ferreira, um dos que estavam participando do manifesto. Homens da PM e agentes da SMTT acompanhavam a todo o momento a manifestação, que por volta de 13h se desfez.
Câmara
O último protesto dos motoristas dos carrinhos aconteceu no dia 29 março. Na ocasião, eles se reuniram em frente à Câmara Municipal de São Luís em um ato organizado pela Cooperativa de Táxi e Transporte da Área Itaqui-Bacanga (Coopetaib).
Durante o manifesto, os motoristas afirmaram que o principal objetivo era a legalização, para que eles consigam trabalhar sem serem importunados. Hoje, o serviço de táxi-lotação não é permitido pela legislação municipal de São Luís e com isso se torna proibida, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O que os condutores queriam era justamente que a Câmara criasse uma lei específica para esse tipo de transporte público. Em 2015, foi aprovada uma emenda aditiva à Lei nº 248/2013, que estabeleceu licenças a apenas 180 veículos que faziam parte da Coopettaib.
Na época, apenas essa cooperativa já atuava com mais de 600 veículos, ou seja, a quantidade de licenças disponibilizadas foi bem inferior à demanda. Além disso, a emenda aprovada pela Câmara Municipal permitia que os motoristas atuassem como taxistas convencionais e não mais como lotação. Isto é, eles teriam que começar a cobrar a bandeirada do táxi-comum e não mais a passagem individual, como ainda é realizado hoje.
O Estado entrou em contato com a Prefeitura de São Luís em busca de um posicionamento sobre a reivindicação dos motoristas dos táxis-lotação realizada na manhã de ontem, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi obtida.
SAIBA MAIS
No dia 12 de março, 14 táxis-lotação foram apreendidos e um motorista preso durante uma operação realizada pela SMTT. Na ocasião, a Policia Militar participou da ação e os motoristas reclamaram da truculência da atividade da PM.
Saiba Mais
- Táxis-lotação delimitam espaço no Centro; comerciantes reclamam
- Com reforma no Centro, carrinhos se amontoam próximo ao Liceu, em SL
- Disputa de táxi-lotação por passageiros é acirrada no centro
- SET diz que empresas têm prejuízo de R$ 700 mil por mês com táxis-lotação
- Sem fiscalização, táxis-lotação agem livremente na MA-201
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.