Confiança

Intenção de consumo das famílias recua 0,5%

Comparado com 2016, contudo, houve aumento de 6,2%; preocupação em relação ao mercado de trabalho manteve-se na zona positiva

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39

SÃO PAULO - Os brasileiros ficaram menos propensos às compras na passagem de março para abril, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,5%, alcançando 77,8 pontos em uma escala de 0 a 200. Na comparação com abril do ano passado, entretanto, houve um aumento de 6,2%, a segunda variação positiva consecutiva.

"A confiança das famílias, que segue em trajetória positiva apesar da leve queda pontual no mês de abril, continua sendo conduzida principalmente pela melhora das expectativas", avaliou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC, em nota oficial.

A avaliação das famílias em relação ao emprego atual cresceu 0,4% ante março, para 108,7 pontos. O componente teve aumento de 5,7% na comparação com o mesmo período de 2016. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual passou de 31,5% em março para 31,6% em abril.

Mercado

Já a preocupação das famílias em relação ao mercado de trabalho, me­dido pelo componente Perspectiva Profissional, manteve-se na zona positiva, aos 100,4 pontos, com aumento de 3,7% na comparação com abril de 2016. No entanto, o subitem teve queda de 2,4% em relação a março.

O componente Nível de Consumo Atual, aos 51,3 pontos, teve aumento de 4,6% em relação ao mesmo período do ano passado, além de avanço de 0,4% ante março. O item Perspectiva de Consumo, com 70,1 pontos, registrou alta de 0,6% em relação ao mês anterior e crescimento de 22,5% na comparação anual.

O crédito ainda restrito e caro impactou, porém, os resultados ligados a compras a prazo. O item Acesso ao Crédito, com 70,1 pontos, teve aumento de 1% na comparação com março, mas queda de 0,5% em relação a abril de 2016. O item Momento para a compra de bens duráveis, com 50,8 pontos, apresentou queda de 3,8% na comparação mensal, embora tenha mostrado aumento de 14,1% ante o mes­mo período de 2016.

Juros prejudicam compra de bens duráveis, diz CNC

Os juros ainda elevados ao consumidor prejudicaram o ímpeto de compra de bens de consumo duráveis na passagem de março para abril, mas a tendência é de recuperação gradual, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

"A taxa de juros ainda está muito alta, e o endividamento das famílias permanece elevado, o que dificulta a compra desse tipo de bens", explicou Juliana Serapio, assessora econômica da CNC.

No componente da pesquisa que mede o momento para a compra de bens duráveis registrou 50,8 pontos em abril, uma queda de 3,8% em relação a março, embora tenha mostrado aumento de 14,1% ante igual período de 2016. "A tendência é de recuperação, mas muito gradual, muito leve", avaliou Juliana.

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