Sem greve

Lixo é recolhido das ruas de São Luís no fim de semana

Após greve dos agentes de limpeza, sujeira acumulada é retirada das calçadas da cidade

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Garis recolhem lixo na Praça da Camboa, após dois dias de greve.
Garis recolhem lixo na Praça da Camboa, após dois dias de greve. (garis)

SÃO LUÍS - O fim de semana foi de limpeza em São Luís, após a greve dos trabalhadores dessa área. Eles voltaram ao trabalho na noite de sexta-feira, após dois dias de braços cruzados durante a semana passada. Os agentes de limpeza de São Luís iniciaram greve na manhã da terça-feira, dia 11, para pressionar a São Luís Engenharia Ambiental (SLEA), empresa que presta o serviço de limpeza urbana na capital, a negociar o aumento salarial. Desde janeiro deste ano a categoria tentava dialogar com a empresa, sem sucesso. Com a greve o serviço de limpeza ficou suspenso.

Os agentes de limpeza passaram o sábado e o domingo recolhendo o lixo que se acumulou na cidade durante os dias de greve. Bairros como os da região central de São Luís, Liberdade e Camboa ficaram com muito lixo acumulado nas calçadas. Na manhã de ontem, os garis recolhiam toda a sujeira com o apoio dos caminhões de coleta.

Na manhã do dia 11, os trabalhadores se concentraram em frente à sede da SLEA, na Rua 12, Quadra F, Distrito Industrial, dando início à greve da categoria. Além do reajuste salarial, os trabalhadores reivindicavam tíquete-alimentação de R$ 600,00 e o pagamento em parcela única do vale-transporte.

Os trabalhadores conseguiram um reajuste de 7,5% no salário e ainda aumento no valor do tíquete­-alimentação. Mas algumas pautas ainda estão pendentes. Dessa forma, o salário daqueles que atuam na capina passou de R$ 919,20 para R$ 988,14. Para os trabalhadores da coleta, o salário passou de R$ 938,22 para R$ 1.008,58. Já aqueles que trabalhavam na roçadeira o salário passou de R$ 933,98 para R$ 1.004,02. Para todos esses, houve um aumento no valor do tíquete­-alimentação, que passou de R$ 490,00 para R$ 540,00, representando uma elevação de 10%.

Esta não é a primeira greve da categoria em São Luís. Em dezembro de 2015, os garis também fizeram greve. Naquele ano, os serviços ficaram suspensos por cerca de 48 horas, o suficiente para acumular lixo em diversos pontos da cidade. Os garis paralisaram as atividades como forma de reivindicação, pois eles ainda não haviam recebido o salário do mês de novembro e também a parcela do 13º salário. Além do atraso no pagamento dos salários, os agentes de limpeza ainda têm de lidar com a falta de segurança no exercício de suas funções. Foram registrados vários casos em que eles foram assaltados por criminosos.

Em 2014, os garis de São Luís também paralisaram as atividades por três dias e o lixo se acumulou em diversos bairros da cidade. Na ocasião, a categoria reivindicava reajuste salarial de 23% e acréscimo de R$ 160,00 no tíquete alimentação. No fim do manifesto, os trabalhadores obtiveram reajuste de 6,5% nos salários e aumento de R$ 75,00 no tíquete.

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800
trabalhadores atuam na limpeza urbana de São Luís

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