Lava Jato

Certidão sugere que Flávio Dino já sabia da citação na Lava Jato

Aliados do governador estão distribuindo nas redes sociais documento da CCJ da Câmara Federal como prova de que Dino não votou no projeto de lei 2.279/2007

Carla Lima Subeditora de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Documento da CCJ da Câmara está sendo distribuído pelos aliados do governador
Documento da CCJ da Câmara está sendo distribuído pelos aliados do governador (Certidão)

A tropa de frente do governador Flávio Dino (PCdoB), composta por membros do seu governo e aliados, está distribuindo pelas redes sociais documento da Câmara Federal como prova de que o governador não emitiu qualquer parecer ao projeto de lei 2.279/2007, que segundo o delator, José Filho, ex-funcionário da Odebrecht, foi o motivo para o comunista pedir R$ 400 mil de propina da empresa.

A certidão é de 17 de março (um mês antes da divulgação dos nomes feita pelo ministro Edson Fachin), o que sugere que Flávio Dino já sabia que seria citado e, por isso, buscou uma carta de seguro.

“Certifico e dou fé que (…) o governador e ex-deputado Flávio Dino não apresentou parecer ou qualquer outra manifestação escrita ao Projeto de Lei 2.279/2007 no âmbito da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania”, diz a certidão espalhada pelos governistas.

Além dessa certidão, os aliados de Dino estão distribuindo outro documento que mostra a lista de deputados federais que se manifestaram sobre o Projeto de Lei 2.279/2007. Nesse documento, aparecem os nomes de outros deputados do PCdoB só não o de Dino.

Os dois documentos são uma certidão da Secretaria-Executiva da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados e uma consulta realizada na internet.

Vazamento

Essa não é a primeira vez que Flávio Dino demonstra saber de informações privilegiadas. Na Operação Turing da Polícia Federal, que investiga esquema de desvio de dinheiro público na Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, o governador também demonstra ter sabido antes.

Tanto que o secretário adjunto da pasta, apontado pela PF como o cabeça do esquema, foi exonerado semanas antes da operação ser deflagrada.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.