Tensão

Tillerson não será recebido por Putin em visita a Moscou

Seu antecessor costumava se reunir com Putin e com o ministro das Relações Exteriores russo em visitas ao país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
A medida pode sinalizar tensões resultantes de um ataque dos Estados Unidos com mísseis a uma base aérea da Síria na semana passada.
A medida pode sinalizar tensões resultantes de um ataque dos Estados Unidos com mísseis a uma base aérea da Síria na semana passada. (Rox)

MOSCOU - O Kremlin comunicou ontem que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, não irá se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, quando visitar Moscou amanhã,12. A medida pode sinalizar tensões resultantes de um ataque dos Estados Unidos com mísseis a uma base aérea da Síria na semana passada.

O antecessor de Tillerson, John Kerry, costumava se reunir com Putin e com o ministro das Relações Exteriores russo em visitas a Moscou, e Putin concedeu várias audiências ao próprio Tillerson quando ele comandava a petroleira Exxon Mobil antes de assumir seu cargo atual no governo de Donald Trump.

Putin até deu a Tillerson uma das maiores condecorações russas, a Ordem da Amizade, em 2013, e a expectativa geral era que o ex-executivo iria se encontrar com o líder russo naquela que será sua primeira viagem à Rússia como secretário de Estado.

Reunião

Mas o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse a repórteres ontem que tal reunião não está planejada, insinuando que Tillerson irá obedecer a um protocolo diplomático rígido e só se encontrar com seu homólogo, o chanceler Sergei Lavrov.

"Não anunciamos quaisquer reuniões deste tipo, e neste momento não há nenhuma reunião com Tillerson na agenda do presidente", disse Peskov a repórteres em uma teleconferência. O porta-voz não explicou por que Putin não planeja receber Tillerson.

O presidente Donald Trump ordenou um ataque com mísseis contra uma base militar síria na semana passada em retaliação ao que Washington e seus aliados afirmam ter sido um ataque com gás venenoso no qual dezenas de civis morreram.

Moscou diz não haver provas de que os militares sírios realizaram a ação e classificou o bombardeio norte-americano como um ato de agressão que viola a lei internacional.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.