SÃO LUÍS - As famílias ludovicenses desembolsaram em março mais para adquirir a cesta de alimentos básicos, formada por arroz, leite, carne, farinha de mandioca, pão francês, óleo de soja, feijão, açúcar, café, manteiga, tomate e banana. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve um aumento de 2,77% em comparação a fevereiro. Em 12 meses, a variação anual foi de 2,17% e nos três primeiros meses de 2017, de 2,31%.
O produto que mais contribuiu para encarecer a cesta básica de fevereiro para março foi o tomate, que registrou aumento médio de 20,99%. Também apresentaram alta de preço, a banana (7,60%), leite integral (3,19%), manteiga (2,40%), farinha de mandioca (1,26%) e carne bovina de primeira (0,67%).
Fatores
De acordo com o Dieese, a oferta restrita do tomate em todo o país com o encerramento da safra e a lenta maturação por conta das baixas temperaturas são atores que explicam a alta nas cotações do preço do produto. Já a banana apresentou elevação de preço devido à baixa oferta da fruta e a demanda aquecida.
Por outro lado, o preço do leite e do seu derivado (manteiga) apresentaram alta em março devido ao avanço da entressafra da matéria-prima, apesar da demanda enfraquecida por esses dois produtos que compõem a cesta básica.
Retração
Mas também houve retração de preço em outros produtos, como o feijão carioquinha (-2,14%), açúcar refinado (-4,55%), óleo de soja (-3,36%), café em pó (-1,43%) e arroz agulhinha (-1,43%). Apenas o pão francês não apresentou variação no período.
No caso do feijão, o recuo, que se deu mais um mês, deveu-se à diminuição da demanda do grão, além da baixa qualidade do produto. Quanto à queda no preço do açúcar, esta pode ser explicada pela proximidade da nova safra e a flexibilidade das usinas para vender os estoques.
Cesta x salário mínimo
Os dados do Dieese mostram que o trabalhador ludovicense, cuja remuneração equivale ao salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho, em março, de 85 horas e 32 minutos, maior que o tempo necessário em fevereiro, de 83 horas e 13 minutos, para adquirir os produtos da cesta básica.
O custo da cesta no período comprometeu 42,26% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em fevereiro, o percentual exigido foi de 41,12%. Já em março de 2016, o comprometimento foi de 44,04% do salário mínimo.
MAIS
Em 12 meses, nove produtos acumularam alta: farinha de mandioca (42,44%), manteiga (41,50%), café em pó (23,66%), arroz agulhinha (11,63%), leite integral (11,17%), pão francês (8,10%), óleo de soja (6,67%), banana (5,44%), e açúcar refinado (1,82%). As retrações foram verificadas nos preços do tomate (-20,19%), do feijão carioca (-15,95%) e da carne bovina de primeira (-0,48%).
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