Pesou no bolso

Custo da cesta básica aumentou 2,77% em São Luís

Em março, o trabalhador comprometeu 42,26% do salário mínimo líquido para adquirir os 12 produtos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Os 12 itens da cesta pesaram mais no bolso do trabalhador em março
Os 12 itens da cesta pesaram mais no bolso do trabalhador em março (cesta básica )

SÃO LUÍS - As famílias ludovicenses desembolsaram em março mais para adquirir a cesta de alimentos básicos, formada por arroz, leite, carne, farinha de mandioca, pão francês, óleo de soja, feijão, açúcar, café, manteiga, tomate e banana. Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), houve um aumento de 2,77% em comparação a fevereiro. Em 12 me­ses, a variação anual foi de 2,17% e nos três primeiros meses de 2017, de 2,31%.

O produto que mais contribuiu para encarecer a cesta básica de fevereiro para março foi o tomate, que registrou aumento médio de 20,99%. Também apresentaram alta de preço, a banana (7,60%), leite integral (3,19%), manteiga (2,40%), farinha de mandioca (1,26%) e carne bovina de primeira (0,67%).

Fatores

De acordo com o Dieese, a oferta restrita do tomate em todo o país com o encerramento da safra e a lenta maturação por conta das baixas temperaturas são atores que explicam a alta nas cotações do preço do produto. Já a banana apresentou elevação de preço devido à baixa oferta da fruta e a demanda aquecida.

Por outro lado, o preço do leite e do seu derivado (manteiga) apresentaram alta em março devido ao avanço da entressafra da matéria-prima, apesar da demanda enfraquecida por esses dois produtos que compõem a cesta básica.

Retração

Mas também houve retração de preço em outros produtos, como o feijão carioquinha (-2,14%), açúcar refinado (-4,55%), óleo de soja (-3,36%), café em pó (-1,43%) e arroz agulhinha (-1,43%). Apenas o pão francês não apresentou variação no período.

No caso do feijão, o recuo, que se deu mais um mês, deveu-se à diminuição da demanda do grão, além da baixa qualidade do produto. Quanto à queda no preço do açúcar, esta pode ser explicada pela proximidade da nova safra e a flexibilidade das usinas para vender os estoques.

Cesta x salário mínimo

Os dados do Dieese mostram que o trabalhador ludovicense, cuja remuneração equivale ao salário mínimo, necessitou cumprir jornada de trabalho, em março, de 85 horas e 32 minutos, maior que o tempo necessário em fevereiro, de 83 horas e 13 minutos, para adquirir os produtos da cesta básica.

O custo da cesta no período comprometeu 42,26% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). Em fevereiro, o percentual exigido foi de 41,12%. Já em março de 2016, o comprometimento foi de 44,04% do salário mínimo.

MAIS

Em 12 meses, nove produtos acumularam alta: farinha de mandioca (42,44%), manteiga (41,50%), café em pó (23,66%), arroz agulhinha (11,63%), leite integral (11,17%), pão francês (8,10%), óleo de soja (6,67%), banana (5,44%), e açúcar refinado (1,82%). As retrações foram verificadas nos preços do tomate (-20,19%), do feijão carioca (-15,95%) e da carne bovina de primeira (-0,48%).

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.