Insegurança

Comunidade universitária ainda teme criminalidade

Ontem, o comentário na UFMA era de que havia ocorrido assalto na área do campus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Clima ainda é de medo no campus da UFMA, após casos de estupro.
Clima ainda é de medo no campus da UFMA, após casos de estupro. (UFMA)

SÃO LUÍS - Após os estupros ocorridos no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís, nos últimos dias, o clima ainda é de medo entre os estudantes. A reitoria da instituição informou que as rondas feitas pela Polícia Militar (PM) seriam intensificadas, mas isso até o momento ainda não acalmou a comunidade acadêmica.

Na tarde de ontem, O Estado esteve na UFMA e, após percorrer a área, não encontrou viaturas da PM fazendo rondas pelo local, como havia sido prometido. Enquanto isso, os estudantes estavam organizando novos atos dentro da instituição, pedindo reforço na segurança. Em paralelo a essa situação, a todo o momento circulavam informações de novos assaltos dentro da universidade, inclusive no ônibus que faz linha para a instituição.

Medo
No momento, o clima ainda é de medo entre os estudantes. Alguns relatam que em determinados horários e espaços, a vigilância praticamente não existe, situação essa que poderia facilitar a ação dos criminosos dentro da instituição.

Gabriel Pereira é estudante do 2º período do curso de Ciência e Tecnologia e espera que, com a presença da PM no local, a situação dentro do campus melhore. “Eu mesmo já presenciei vários assaltos em frente ao CCSo. Quando falamos com os guardas, eles dizem que têm o dever de proteger o patrimônio da UFMA”, completou.

Para Joseph Daniel, estudante do 1º período do curso de Matemática, ontem ainda não havia constatado a presença da PM no local. “Até o momento, continua a mesma coisa. Além disso, nós passamos por áreas sem coberturas e desertas”, disse o estudante ao relatar a insegurança do local.

Reforço
Na terça-feira, dia 4, o conselho de segurança da UFMA anunciou o reforço na vigilância dentro do Campus do Bacanga, em São Luís. As medidas foram respostas aos recentes casos de estupros que aconteceram dentro da universidade.

Entre as medias estavam: a instalação de um posto avançado da Polícia Militar na Cidade Universitária e o reforço de rondas ostensivas; a disponibilização uma de suas salas para a instalação da base da PM; e a troca de mais de 100 luminárias. Além disso, a UFMA implantará projetos de conscientização e políticas públicas voltadas para a proteção da mulher nas dependências da universidade.

A universidade informou que, mesmo com o Decreto 8.540/2015, que obrigou o corte de 20% dos recursos destinados aos contratos de serviços terceirizados às universidades federais - o que causou uma grande retração na segurança dos centros universitários -, a instituição tem adotado medidas para a melhoria da segurança no campus.

SAIBA MAIS

Dois casos de estupro foram relatados por estudantes na UFMA em menos de uma semana. O primeiro ocorreu na sexta-feira, dia 31 de março, com um registro de Boletim de Ocorrência. O outro aconteceu na segunda-feira, dia 3.

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