Rebanho

Estratégia de vacinação contra febre aftosa será alterada no MA

Orientação do Ministério da Agricultura é que em maio o rebanho bovino e bubalino seja vacinado, independentemente da faixa etária, e que na segunda etapa, em novembro, sejam imunizados somente os animais com idade até 24 meses

Atualizada em 11/10/2022 às 12h39
Primeira etapa da vacinação contra febre aftosa do rebanho bovino e bubalino no Maranhão tem início em maio
Primeira etapa da vacinação contra febre aftosa do rebanho bovino e bubalino no Maranhão tem início em maio (Rebanho)

Por recomendação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a estratégia de vacinação contra a febre aftosa será alterada no Maranhão já a partir da primeira etapa, que ocorre em maio. A orientação é que todo o rebanho bovino e bubalino, estimado em 7,6 milhões de cabeças, seja imunizado, independentemente da faixa etária. E que na segunda etapa, em novem­bro, sejam vacinados somente os animais com idade entre 0 e 24 meses.

Além do Maranhão, a mudança na estratégia de vacinação contra a aftosa também será implementada nos estados de Alagoas, Paraíba, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Gran­de do Norte e Pará (exceto os municípios de Faro e Terra Santa e o arquipélago de Marajó, que deverão continuar seguindo a mesma estratégia e calendário).

Livre da aftosa

Segundo o auditor fiscal federal Fernando Lima, essas medidas anunciadas pelo Mapa visam preparar o país para ficar livre da aftosa sem vacinação. Hoje, somente o estado de Santa Catarina tem esse status sanitário no Brasil. O Maranhão, a partir de um grande esforço do en­tão governo Roseana Sarney, foi certificado, em maio de 2014, como zona livre de febre aftosa com vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Fernando Lima informou que a meta do Ministério da Agricultura é até 2025 elevar o Brasil à classificação de zona livre da aftosa sem vacinação, fato que resultará numa valorização comercial maior do re­banho, cuja carne e derivados têm grande aceitação no mercado internacional.

Cosalfa

O assunto, inclusive, de alternativas para a retirada da vacinação contra a febre aftosa no Brasil está sendo discutida na reunião anual da Comissão Sul-Americana de Luta contra da Febre Aftosa (Cosalfa), que acontece até dia 7, na cidade de Pirenópolis, estado de Goiás.

O diretor-presidente Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged), Sebastião Anchieta, que participa da Cosalfa, informou a O Estado, por telefone, que a mudança de estratégia foi uma proposição apresentada pelo Maranhão em 2015 e agora anunciada pelo ministério.

Sebastião Anchieta classificou a medida de forma positiva, do ponto de vista de colocar o país livre da aftosa sem vacinação, e também pelo fato de o Maranhão estar há 15 anos sem registrar foco da doença. Além do que, com a estratégia de vacinar na segunda etapa somente animais de 0 a 24 anos (apenas 2,5 milhões de cabeças), o criador terá uma economia de quase R$ 9 milhões, considerando o valor atual da vacina.

Com a mudança e objetivando garantir o adequado abastecimento de vacinas para este ano, os estados têm que encaminhar ao Mapa, até o dia 7 deste mês, os dados atualizados referentes à nova estimativa. A Aged informou que o Maranhão já realizou esse procedimento.

MAIS

A Comissão Sul-Americana de Luta contra da Febre Aftosa (Cosalfa) é formada pela Argentina, Brasil, Bolívia; Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Venezuela e Uruguai. Além desses países, o encontro em Pirenópolis conta com a participação de representantes da Espanha, Estados Unidos, França, Nova Zelândia e Suíça.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.