SÃO PAULO - Das 50 mil vagas de trabalho temporário previstas para o período da Páscoa em todo o Brasil, ainda restam 14 mil a serem preenchidas, sendo 12 mil no comércio e 2 mil na indústria. O salário varia de R$ 1.100,00 a R$ 2.179,00, de acordo com a função. Os dados são da Federação Nacional (Fenaserhtt) e Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem).
A Páscoa é considerada depois do Natal e Dia das Mães, a terceira melhor data comemorativa para se conseguir uma vaga de trabalho temporário. Porém, devido à retração econômica, este ano a oferta de vagas é 9% menor que o registrado em 2016, quando foram estimadas 55 mil contratações.
No comércio, as funções requisitas são para vendedor (74%); repositor (22%); balconista (2%), auxiliar administrativo (1%) e degustador (1%). Já na indústria, resta oportunidade é para as áreas de promotor de vendas (38%), auxiliar de produção (36%), operador de empilhadeira (8%), estoquista (8%), auxiliar de expedição (6%), entregador (2%), motorista (1%) e analista (1%).
Requisitos
No caso do comércio, a experiência anterior foi apontada como principal pré-requisito de contratação para 83% dos ofertantes de vagas no comércio e para 78% na indústria. “Quando a economia deu sinais de queda, as contratantes foram obrigadas a rever o quadro de funcionários e demitir, deixando muita gente qualificada disponível no mercado. Em picos sazonais como a Páscoa, a indústria de chocolate, por exemplo, precisa de mão de obra extra e, sem tempo e nem recursos para o treinamento dos temporários, prefere quem já tenha experiência”, destacou o presidente da Fenaserhtt, Vander Morales.
Os temporários ainda têm chance de efetivação, mas, diferentemente de anos anteriores, a expectativa é baixa. Nesta pesquisa, 18% das empresas de trabalho temporário afirmam haver muita intenção de efetivação por parte da contratante. Por outro lado, 66% dizem ter pouca e 16% nenhuma chance de efetivação.
ALTA
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o período da Páscoa deverá movimentar R$ 2,1 bilhões no país, um crescimento de 1,3% em volume de vendas – já descontada a inflação –, na comparação com o ano anterior. Se confirmado, será o maior aumento real de faturamento desde 2014, quando a variação em volume de vendas foi de +2,6%. Parte da recuperação está associada ao comportamento dos preços, já que a variação média da cesta composta por bens e serviços mais demandados nesta data (4,6%) foi a menor desde a Páscoa de 2008.
MAIS
Contratado pela empresa prestadora de serviços temporários, o trabalhador substitui o funcionário permanente da empresa tomadora ou atende um acréscimo extraordinário de serviços. Permanecem as regras de carga horária, repouso semanal remunerado e salário que atenda, no mínimo, ao
piso da função exercida.
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