Obra de Plínio Marcos

Grupo maranhense apresentará espetáculo em Portugal

"A Mancha Roxa", de Plínio Marcos será encenado pelo grupo maranhense Etra Eventos; para custear as despesas, grupo abriu financiamento coletivo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Espetáculo "A Mancha Roxa" foi selecionado para o Amasporto
Espetáculo "A Mancha Roxa" foi selecionado para o Amasporto (A mancha roxa)

O grupo maranhense Etra Eventos está em contagem regressiva para apresentar no próximo dia 29 de abril, o espetáculo “A Mancha Roxa”, do dramaturgo Plínio Marcos. O grupo foi selecionado para se apresentar no festival Amasporto, na cidade de Porto.

Para organizar os custos da viagem a Portugal, o grupo vem realizando uma campanha de financiamento coletivo no site Kickante até a próxima sexta-feira. Após a apresentação em Portugal, o grupo pretende realizar uma temporada em São Luís de 19 a 21 de maio no Cine Teatro da Cidade de São Luís (Rua do Egito, Centro).

Com texto do dramaturgo paulista Plínio Marcos, falecido em 1999, o espetáculo maranhense tem no elenco as atrizes Jacqueline Lemos, Lih Ramos, Fátima di Franco, Olivia Oliveira, Socorro Arouche, Alexandria Bandeira e Jyesse Ferreira

A peça aborda o cotidiano de seis presidiárias, mostrando os conflitos entre as personagens e a carcereira, o que possibilitou a criação das cenas a partir da demarcação do espaço físico, estudo e observação de pessoas neste contexto.

O diretor do espetáculo Waldir Fernandes passou dois anos elaborando a montagem do novo espetáculo. “Um espetáculo que causasse efeito e expectativa. A Jacqueline Lemos, que é minha sócia, há muito falava desta peça, sobre seis mulheres contaminadas pelo HIV, viciadas em heroína nos anos 1980. E quando vi que era Plínio Marcos eu tratei de buscar a liberação do texto”, relembra Waldir Fernandes.

Ele fez um trabalho de pesquisa até conseguir autorização da família do escritor para conseguir montar o espetáculo. “Fiz contato com a Biblioteca Nacional e busquei na biografia do autor os nomes de parentes e achei seus filhos em uma rede social até que fui direcionado ao Ricardo Barros, filho do autor e responsável por toda a obra herdada. Plínio Marcos é fantástico, tem textos clássicos importantíssimos”, frisa Waldir Fernandes destacando obras como “Navalha na Carne” e “Abajur Lilás”, entre outros.

Inicialmente o espetáculo teria um elenco maior, mas, ao longo, dos debates sobre o texto, foram afinando para o elenco atual. Para tanto, teve ajuda dos preparadores Gilson Cesar, que trabalhou técnicas de mímica teatral e Antunes Neto, que além de designer e DJ, é preparador corporal cabendo a ele a coreografia e trilha sonora do espetáculo. A caracterização é de Cacau di Aquino e a iluminação, de Nina Araújo.

Sobre o autor

Considerado um autor da cena marginal, o escritor e dramaturgo Plínio Marcos foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo. Temas como homossexualidade, marginalidade, prostituição e violência com tanta autenticidade. Foi dramaturgo, ator, jornalista, tarólogo, camelô de seus próprios livros, técnico da extinta TV Tupi, jogador de futebol e palhaço. É de sua autoria espetáculos importantes como a polêmica "Navalha na Carne".

Ficha Técnica

Direção: Waldir Fernandes

Elenco: Jacqueline Lemos, Lih Ramos, Alexandria Bandeira

Atrizes convidadas: Fátima di Franco, Olivia Oliveira, Socorro Arouche e Jyesse Ferreira

Luz: Nina Araújo

Cenografia: Luís Machado

Preparação de atores, coreografia e música: Antunes Neto

Supervisão da trilha sonora: Gustavo Correia

Figurinos e maquiagem: Cacau di Aquino

Mímica Teatral: Gilson César

Produção: Etra Eventos

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.