Manifestação

Motoristas de carrinhos vão à Câmara Municipal

Eles fizeram um protesto pacífico em frente à sede do Poder Legislativo municipal para pedir a legalização e conseguir trabalhar sem ser importunados

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Motoristas de carrinhos em frente a câmara municipal.
Motoristas de carrinhos em frente a câmara municipal. (Carrinhos)

SÃO LUÍS - Dezenas de motoristas de táxis-lotação, os tradicionais carrinhos, que fazem o transporte de passageiros para o Itaqui-Bacanga, se reuniram, na manhã de ontem, na porta da Câmara Municipal de São Luís, para um protesto pacífico. Segundo afirmou o presidente da Cooperativa de Táxi e Transporte da Área Itaqui-Bacanga (Coopetaib), Charles Sil­va, eles querem apenas o direito de trabalhar.

Na última terça-feira, dia 12, 14 veículos foram apreendidos e um motorista foi preso em uma operação da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), com apoio da Polícia Militar, no Centro de São Luís. Mas, segundo os motoristas, o que mais incomodou foi a forma co­mo os policiais realizaram a ação, com tiros e certa truculência. “É um abuso de poder mesmo, de todos os poderes envolvidos”, ressaltou Charles Silva, à época do incidente.

No dia seguinte à operação, viaturas da SMTT foram desloca­das para os principais pontos de embarque e desembarque do serviço irregular de transporte coletivo, para impedir que os condutores retomassem as atividades. Isso fez com que os veículos desaparecessem do Centro. No final de semana, no entanto, sem a presença dos agentes, os carrinhos retornaram aos seus pontos habituais, ainda assim em número bem menor do que ocorria antes.

Necessidade
Os manifestantes que se reuniram em frente à Câmara Municipal afirmaram que seu principal objetivo é a legalização, para que eles consigam trabalhar sem ser importunados. Hoje, o serviço de táxi-lotação não é permitido pela legislação municipal de São Luís e com isso se torna proibida, segundo o Código de Trânsito Brasileiro.

O que os condutores querem é justamente que a Câmara crie uma lei específica para esse tipo de transporte público. Em 2015, foi aprovada uma emenda aditiva à Lei nº 248/2013, que estabeleceu licenças a apenas 180 veículos que faziam parte da Cooperativa de Táxi e Transporte da Área Itaqui-Bacanga (Coopettaib).

Na época, apenas essa cooperativa já atuava com mais de 600 veículos, ou seja, a quantidade de licenças disponibilizadas foi bem inferior à demanda. Além disso, a emenda aprovada pela Câmara Municipal permitia que os motoristas atuassem como taxistas convencionais, e não mais como lotação. Isto é, eles teriam que começar a cobrar a bandeirada do táxi-comum e não mais a passagem individual, como ainda é realizado hoje.

Audiência
Amanhã, será realizada uma Audiência Pública com os defensores de táxis da capital maranhense na Câmara Municipal. O debate, proposto pelo vereador Marcial Lima, terá início às 10h e contará com a participação dos taxistas, da Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria de Trânsito e Transportes (SMTT), e do Procon.

Defensores são os motoristas dos veículos que não possuem permissão. Ou seja, eles dirigem o carro de outra pessoa. A intenção da audiência é por melhores condições de trabalho e direito a permissões (placas) para a clas­se.

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