Imbróglio senatorial

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40

É cada vez mais complicada a relação dos três pré-candidatos a senador já ensaiados na chapa do governador Flávio Dino para 2018. E o clima de animosidade só tende a crescer, diante do silêncio do governador - e de uma clara tendência dele em estimular o deputado federal Waldir Maranhão (PP) - como se confirmasse o compromisso firmado na votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Este silêncio de Dino tem levado os demais aliados interessados na vaga - os também deputados federais Weverton Rocha (PDT) e José Reinaldo Tavares (PSB) - a partir para cima de Maranhão. Esta semana, por exemplo, aliados de Rocha na imprensa passaram a atacar o deputado do PP, apontando seus numerosos rolos éticos e morais.
Flávio Dino dá sinais cada vez mais claros - evidenciados, inclusive, pelo seu silêncio em relação ao assunto - de que vai mesmo bancar o nome de Waldir Maranhão em sua chapa. Caberá aos dois outros aliados se virarem para buscar espaços que os avalizem para a segunda vaga da chapa.
Mas a postura do governador tem irritado esses aliados, que cobram dele uma posição mais definitiva em relação ao assunto. Até porque a definição dos nomes para o Senado abre espaços também para que outros nomes surjam, como candidatos a vice do próprio Flávio Dino, e também para a composição dos suplentes de cada candidato a senador - são dois por candidato. E enquanto o comunista não se definir, este engalfinhamento, ainda que velado, continuará nas bases do governo.

Incomodou
O projeto do Governo do Estado sobre serviços de atacadista é deveras restritivo, o que incomodou não apenas a oposição como representantes do setor não enquadrados no patamar econômico estipulado na proposta governista.
A proposta beneficia apenas empresas com capital social acima de R$ 100 milhões, o que restringe drasticamente o alcance do projeto.
Por isso a oposição quer modificá-lo durante a votação na Assembleia, para ampliar o alcance dos benefícios.

Convidante
O governador Flávio Dino (PCdoB) promoverá em maio, no Palácio dos Leões, um encontro com vereadores de todo o Maranhão.
O curioso, no entanto, é que o convite está sendo feito aos presidentes de Câmara não pelo cerimonial do governo, mas pela Federação dos Municípios do Maranhão (Famem).
A representação municipalista age neste aspecto, portanto, como uma espécie de office-boy do governo comunista.

Terceirização
O deputado federal Hildo Rocha (PMDB) fez discurso na Câmara Federal para defender a terceirização dos serviços no país.
Para o parlamentar, a regulamentação do setor vai garantir segurança aos trabalhadores que já atuam desta forma.
- Agora, além da responsabilidade da empresa contratada, o trabalhador vai ter as garantias da empresa contratante, que arcará com as responsabilidades em caso de atrasos salariais - disse Rocha.

Forçando a barra
O programa nacional do PCdoB tem o governador Flávio Dino como protagonista, sinal das pretensões eleitorais do partido.
Os comunistas acreditam na propaganda de Dino sobre o Maranhão e sugerem apostar em seu nome numa disputa nacional.
Mas nem no Congresso Nacional, onde atuam aliados do governador em Brasília, o maranhense é visto como opção.

Sinal de alerta
Uma enquete do site Ferendum.com, na Região Tocantina, movimentou os bastidores políticos eleitorais no fim de semana.
Mesmo sem valor científico, o levantamento agitou por apontar a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) à frente da disputa em relação ao governador Flávio Dino.
Também foram citados na enquete o senador Roberto Rocha (PSB), o deputado Eduardo Braide (PMN) e o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira (PSDB).

Alerta
A Câmara Municipal de São Luís deverá votar ainda esta semana projeto que implanta nos ônibus um “botão do pânico”, dispositivo que avisa no letreiro do veículo que o mesmo está sendo assaltado.
A proposta foi apresentada pelo vereador Francisco Carvalho (PSL), diante do número crescente de assaltos a ônibus que vem ocorrendo na capital maranhense.
Ele garante que a iniciativa ajudará bastante a polícia no combate à criminalidade. “Esse projeto surgiu na universidade federal do Pará. Um dispositivo deste é de muita importância para a segurança da nossa população”, disse.

E MAIS

• Alguns deputados federais estão repensando seus projetos de reeleição em busca de uma vaga de suplente de senador em qualquer uma das chapas em 2018.

• A enquete do site Ferendum.com errou ao não incluir o nome da ex-deputada Maura Jorge (PTN), com forte atuação na Região Tocantina.

• Homem-forte do prefeito Edivaldo Júnior, o suplente de deputado Jota Pinto recusou passar quatro meses na Assembleia Legislativa.

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