Mais escola sucateada

Com danos em telhado e na rede elétrica, escola não inicia ano letivo

A UEB Cônego Sidney Castelo Branco Furtado, na Avenida Moçambique, na Vila São Luís, área Itaqui-Bacanga, é mais uma das escolas municipais que precisam de reforma urgentemente

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Estudantes vão à escola para tentar saber quando aulas serão iniciadas.
Estudantes vão à escola para tentar saber quando aulas serão iniciadas. (Outra escola)

SÃO LUÍS - A UEB Cônego Sidney Castelo Branco Furtado, na Avenida Moçambique, na Vila São Luís, área Itaqui-Bacanga ainda não iniciou o ano letivo porque a rede elétrica está comprometida e o telhado cheio de infiltrações. As aulas, que deveriam ter começado até o dia 15 deste mês, ainda não têm data para começar. Ontem, alguns estudantes foram até a escola em busca de informações, mas nenhum funcionário estava no local.

Inaugurada em 2010 pela Prefeitura de São Luís, a UEB Cônego Sidney Castelo Branco Furtado tem capacidade para atender cerca de 800 alunos em uma infraestrutura composta por 10 salas de aula, quatro banheiros para alunos, dois para professores e funcionários, dois depósitos (cozinha e material geral), refeitório, além de biblioteca, secretaria, diretoria e sala de professores e um laboratório de informática, que, quando da inauguração, contava com 10 computadores, dotados do sistema Linux Educacional.

Menos de sete anos após a inauguração, a escola já está sucateada por causa da falta de serviços de manutenção. É o que dizem alunos da unidade de ensino. “Dois anos depois da inauguração, ela começou a ter problemas. Como não arrumaram, ela ficou desse jeito”, afirma Antônio Samuel Sousa Gomes, de 13 anos, que em 2017 vai cursar o 8º ano do ensino fundamental.

Ontem, ele e um amigo, Juan Vinícius Nascimento Lima, também matriculado para o 8º ano, foram até a escola saber quando as aulas serão iniciadas, mas saíram de lá sem resposta. Durante a manhã, apenas um vigilante estava no prédio e ele não soube dar informações.

Ele não permitiu a entrada de O Estado na escola, mas pelo lado de fora é possível observar alguns problemas de infraestrutura, como a cobertura da porta de entrada, que está quebrada.

Os demais problemas são relatados pelos próprios estudantes. “A escola tem janelas quebradas e parte do forro do telhado caiu. Os fundos está cheio de mato e a quadra tem pontos de acúmulo de água”, diz Antônio Samuel Sousa Gomes.

Sem reforma
Mas a situação da escola deveria ser outra. Em fevereiro de 2014, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Ministério Público (MP), por meio da Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Educação, firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com uma lista de 54 escolas, que deveriam ser reformadas pela Prefeitura de São Luís.

O documento estabeleceu um prazo de seis meses para que fosse realizada a manutenção corretiva em unidades consideradas mais críticas. Conforme o TAC, deveriam ser corrigidas, de forma imediata, problemas nas instalações civis, elétricas e hidráulicas, entre outras. Entre as escolas, estava a UEB Cônego Sidney Castelo Branco Furtado que, segundo os próprios estudantes, não recebeu qualquer serviço de reforma nos últimos três anos.

Números
130 mil
estudantes estão matriculados na rede municipal de ensino
280 escolas compõem a rede de ensino municipal

SAIBA MAIS

A unidade de ensino faz parte de um grupo de escolas municipais que estão com a estrutura comprometida e colocam em risco a segurança e qualidade do ensino dos alunos. Segundo o Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís (Sindeducação), pelo menos 40 unidades escolares de São Luís não têm condições de iniciar o ano letivo 2017 por causa de problemas de infraestrutura. Algumas delas já foram alvo de reportagem de O Estado.

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